Festival do chapéu “regressou para ficar”. Terceira edição está já marcada para 19, 20 e 21 de julho do próximo ano
Já está confirmado o regresso do Hat Weekend Festival no próximo ano. Depois do sucesso desta sua segunda edição, que no último fim de semana atraiu milhares de visitantes a S. João da Madeira (SJM), o Festival do Chapéu volta em 2019, de 19 a 21 de julho.
Em nota de imprensa enviada ao labor, o Município não só avança com essa confirmação, como também adianta que “os preparativos serão iniciados ainda antes do fecho de 2018”. “A enorme satisfação e os aplausos que o Hat Weekend gerou não deixam dúvida de que este extraordinário Festival do Chapéu regressou [volvidos 10 anos após a sua primeira edição] para ficar”, refere Jorge Sequeira através do comunicado recebido pelo jornal.
Pela mesma via, o presidente da câmara municipal destaca o forte envolvimento entre a comunidade local e quem visitou SJM, esclarecendo que “o cruzamento de tradições de outros pontos do país com essa marca da identidade sanjoanense foi uma aposta ganha na edição deste ano”.

“Os desfiles de confrarias e de bandas com chapéu, assim como as atuações dos pauliteiros de Miranda, cardadores de Ílhavo, gigantones de Viana do Castelo ou o cante alentejano, foram algumas das atividades que mais marcaram o fim de semana e que ficarão na memória de todos os que se dirigiram ao centro da cidade, provando que este evento pode ser um ponto essencial de contacto entre diferentes histórias e culturas do nosso país”, acrescenta.
Note-se que, ao longo de três dias, mais de 50 atividades de acesso livre ocuparam as principais artérias e praças de S. João da Madeira, numa iniciativa que trabalhou a memória, a identidade e a simbologia da região. Teatro, espetáculos multimédia, música, gastronomia e artes plásticas foram os eixos principais do Hat Weekend Festival, que se iniciou com a inauguração daquela que foi a primeira obra do circuito de arte urbana da cidade, comissariado pelo Canal 180, canal português de cultura.
O mural da autoria de Mariana Santos, mais conhecida por Mariana, a Miserável, foi inaugurado por volta das 18h30 de sexta-feira, propondo uma homenagem aos trabalhadores da Empresa Industrial de Chapelaria, Lda, antiga fábrica de chapéus onde se instalou o Museu da Chapelaria, “único na Península Ibérica”. Recorde-se que, tal como o labornoticiou há cerca de duas semanas, vão ser cinco as intervenções artísticas criadas por artistas nacionais e internacionais, envolvendo “cada vez mais a comunidade”, até ao próximo ano em vários locais da urbe sanjoanense.
Deste ato inaugural que assinalou o arranque do Hat Weekend Festival destacam-se as intervenções de Jorge Sequeira e de Mariana, a Miserável. O primeiro felicitou a artista convidada pela “obra fantástica”, “que nada tem de miserável [risos]”. Pelo contrário. No entender do edil, trata-se de “uma intervenção de qualidade, que qualificou muito este espaço”, junto ao Museu da Chapelaria.
Já Mariana Santos agradeceu à organização e ao Canal 180 o convite para fazer parte deste circuito de arte urbana e disse-se “apaixonada por esta história [da indústria da chapelaria] e o impacto que teve e continua a ter nas pessoas”. “História” que, como a própria revelou na ocasião, ficou a conhecer depois de uma visita guiada ao Museu da Chapelaria.