O JN, na edição de 27 de agosto último, chama atenção para o estado calamitoso em que se encontram as estações e apeadeiros da Linha Ferroviária do Douro.

Este é um assunto que não gostava de ter, muito menos, de o ver por cá. Mas, infelizmente, não posso fugir a ele. Sujas e vandalizadas é como estão as estações e apeadeiros da Linha Vale de Vouga, sobretudo, no troço entre Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira (o meu concelho) e Espinho. Têm lixo, muito lixo no chão, edifícios vandalizados e, sobretudo, paredes, muros e vidros completamente grafitados. Também há diversos casos em que os acessos à gare (lugar de embarque e desembarque) estão cobertos de ervas, até nos carris, e dejetos de animais.

É como está o edifício da estação de S. João da Madeira: não há parede que passe despercebida. É uma “overdose” de vandalismo puro, uma autêntica e vergonhosa lástima, a produzir medonho desconforto para os utentes que utilizam o comboio como meio de transporte. 

Lamento que não se tenha um só pingo que seja de vaidade para se querer ver o edifício da estação de cara lavada. Isto é bom? Não! É aquilo que não se gostaria de se ver. Ao que julgo saber, a Infraestruturas de Portugal (IP) é responsável pela manutenção de todas as estações e apeadeiros, o que inclui, naturalmente, a eventual intervenção/reparação de todos os danos praticados, nomeadamente os provocados por grafites. 

Pois é, mas a foto comprova que a manutenção não está a ser feita. Por tal motivo, os responsáveis das autarquias, entre Oliveira de Azeméis e Espinho, ao saberem desta lamentável situação, por obrigação e respeito pelo território e pelos seus munícipes, deveriam – digo eu – chamar à razão a dita infraestrutura, para que as estações de comboios, em particular a de S. João da Madeira, estão uma vergonha coletiva.

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