Natural de Nabais, Escariz (Arouca), a médica Dr.ª Palmira Moreira da Silva Bastos Oliveira faleceu a 3 de agosto último, com 91 anos de idade, na sua residência em Fajões, vila do concelho de Oliveira de Azeméis onde estava radicada desde 1960.
Dois dias depois, e após as cerimónias fúnebres na igreja fajonense, o corpo foi a sepultar em jazigo da família, no cemitério paroquial.
Em nota informativa enviada ao labor, os familiares dizem-se sensibilizados com as “muitas condolências, vindas de diversas partes do País”, e com o facto de, na ocasião, terem acorrido “diversas pessoas e personalidades da região a dar os seus sentimentos, sendo notada a presença dos membros da Junta de Freguesia de Fajões, Rancho Folclórico “As Ceifeiras de Fajões”, Banda Musical de Fajões, diretores da Casa Museu Regional de Oliveira de Azeméis, o presidente e alguns vereadores da câmara municipal, a presidente da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis e a vereadora da Educação da câmara de Arouca”.
A ilustre médica era esposa de Samuel de Bastos Oliveira e mãe das médicas Maria José e Maria Teresa e do advogado Luís Filipe Bastos Oliveira.
A sua licenciatura em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Coimbra distinguiu-a, em 1955, como a primeira mulher de Arouca com esse curso universitário. Mas também foi a primeira mulher médica dos concelhos de S. João da Madeira (SJM) e de Oliveira de Azeméis.
Aliás, precisamente em S. João da Madeira, foi médica dos Serviços Médicos Sociais, desde a década de 60 até à aposentação. Também em SJM exerceu medicina privada, “com tanta dedicação e total disponibilidade, que deixou a indelével recordação da médica muito solicita que, a qualquer hora do dia ou da noite, ia prestar assistência aos necessitados”.