Na sequência da deliberação tomada em reunião do executivo municipal de 6 de fevereiro deste ano, onde ficou decidida a elaboração de um estudo para a abertura de um concurso público de “Gestão de Eficiência Energética da Iluminação Pública”, em simultâneo com a realização de um “programa de eficiência energética com capitais próprios”, aplicando aquela que revele ser a melhor solução, foi realizado um estudo económico. Este foi feito em colaboração com a agência de energia ENERGAIA, tendo como objetivo a substituição de iluminação com luminárias de vapor de mercúrio e vapor sódio por luminárias de tecnologia LED.
Esta última terça-feira, foi aprovada por maioria, com os votos contra da coligação do PSD/CDS-PP, a substituição por tecnologia LED de 1.613 luminárias. Número que corresponde a 43% das existentes nas vias públicas, ou a 34% do conjunto total de luminárias (4.724), a que se acrescermos as 991 luminárias objeto de financiamento do Norte 2020 dá uma percentagem global na ordem dos 55%, “o que não quer dizer que o resto do território [concelhio] não venha a ser coberto”, deixou claro o presidente da câmara. Ou seja, os restantes 45% ficarão para mais tarde.
Entre o recurso a uma empresa de serviços energéticos (contrato de modelo ESE) e o recurso a investimento com fundos próprios da autarquia, o segundo é, na ótica de Jorge Sequeira, “a opção mais equilibrada e adequada com as nossas disponibilidades financeiras”. Estima-se que, na operação proposta, com a aquisição e instalação de luminárias LED equipadas com NEMA socket, envolvendo um custo de cerca de 533 mil euros, seja gerada uma poupança na ordem dos 142 mil euros/ano.
Deste modo, o Município pretende reduzir significativamente o consumo de energia elétrica em iluminação pública no concelho e melhorar os níveis de iluminação, bem como a sua correta adequação face aos níveis reais de utilização.
“Sanjoanenses merecem muito mais do que 55%”
Os vereadores da oposição Paulo Cavaleiro e Fátima Roldão votaram contra a proposta por esta, em seu entender, “contrariar a proposta inicial votada [por unanimidade] pela câmara [que implica que o projeto abrangesse toda a cidade]” e “prejudicar 45% dos sanjoanenses, que não vão ter luz [luminárias LED] na sua área”.
Paulo Cavaleiro disse mesmo que “os sanjoanenses merecem muito mais do que 55%”. Ainda na sua opinião, “S. João da Madeira perde uma oportunidade de se diferenciar de outros territórios”, acrescentou.