“Inaugurei aquela escola como aluno e está exatamente igual”, constatou António Mota Garcia, diretor deste agrupamento, ao labor
A poucos dias do início do ano letivo 2018/2019, António Mota Garcia, diretor do Agrupamento de Escolas João da Silva Correia desde o ano letivo anterior, identificou como necessidade do agrupamento as obras na EB2,3 e como desafio “continuar com os níveis de sucesso”.
Este professor de Biologia, natural de S. João da Madeira, tem 53 anos, desempenhou o cargo de vice-presidente no Agrupamento de Escolas de Arouca durante cinco anos e o de diretor do Agrupamento de Escolas de Escariz durante nove anos até assumir a liderança do agrupamento de escolas sanjoanense.
O Agrupamento de Escolas João da Silva Correia é “um agrupamento completamente diferente, muito trabalhoso e quase com o triplo do tamanho em relação ao anterior agrupamento” onde esteve, assumiu António Mota Garcia, para quem, depois de um ano de habituação a esta sua “nova casa”, o balanço é “positivíssimo”.
A principal necessidade deste agrupamento é realizar obras na EB2,3 e concluir a retirada de amianto.
“Nós compreendemos os constrangimentos orçamentais do país, mas não compreendemos, com este problema de infraestruturas, não investirem”, indicou o diretor do Agrupamento de Escolas João da Silva Correia.
“Ela precisa de obras profundas. Nós vamos fazendo pequenas obras como mudar o piso de algumas salas, mas o que é mais urgente é “uma cobertura e caixilharia nova se não for por mais nada para ter eficiência energética. Já ficava contente com isso”, admitiu António Mota Garcia ao labor.
O programa de remoção de coberturas de fibrocimento com amianto arrancou nas férias da Páscoa de 2013 em 50 instituições de ensino.
Entre as nove escolas identificadas no Norte do país encontra-se a EB2,3 do Agrupamento João da Silva Correia.
As coberturas de fibrocimento com amianto estão, praticamente, por todo o edifício, mas a prioridade recaiu sobre as coberturas dos passadiços porque estavam em contacto direto com os alunos.
A primeira intervenção de retirada de amianto aconteceu nas coberturas dos passadiços que ligam os blocos em agosto de 2014. A intervenção continuou “este ano com a retirada de amianto de meio bloco. Agora vamos ver se vão tirar o outro meio bloco e continuar”, adiantou António Mota Garcia ao labor.
“Construção de um ´Espaço Inclusivo´ para crianças com necessidades especiais” visa colmatar lacuna existente na maioria das escolas
O papel ativo dos jovens na sociedade onde estão inseridos tem sido impulsionado pelo projeto Assembleia Municipal Jovem (AMJ) que deu os primeiros passos este ano e pelo Orçamento Participativo das Escolas (OPE) que existe desde 2015.
A participação dos alunos na AMJ é “muito importante para o crescimento deles”, acredita António Mota Garcia.
A “Construção de um ´Espaço Inclusivo´ para alunos com necessidades especiais” do Agrupamento de Escolas João da Silva Correia, no valor de 5.000 euros, foi um dos projetos vencedores do OPE 2018.
O principal objetivo deste espaço é colmatar uma lacuna existente na maioria das escolas.
“As aprendizagens, nos Currículos Específicos Individuais, decorrem, sempre que possível, em contextos naturais e em situações que lhe dão significado, nomeadamente, as competências escolares devem ser trabalhadas também de modo funcional e ocasionar o menor número de erros possível, facilitando o processo de ensino/aprendizagem, é neste âmbito que surge o projeto do ´Espaço Inclusivo´”, lê-se no texto da proposta apresentada pelos anos do 11.º D.
Uma vez que “a grande maioria das escolas não está preparada para trabalhar conteúdos curriculares que exijam funcionalidade na sua abordagem e que atendam aos contextos de vida de cada aluno. Assim, com este projeto passa a existir na escola um “Espaço Inclusivo” com as divisões quarto e cozinha, criando-se, assim, o ambiente efetivo e o meio mais funcional de promover o desenvolvimento de procedimentos, práticas e técnicas específicas que favorecerão a independência e autonomia dos alunos com necessidades educativas especiais, de caráter permanente”. Por isso, o Agrupamento de Escolas João da Silva Correia, pretende, “desta forma, educar, ensinar e instruir para a vida prática através de um contexto real e de tarefas domésticas imperiosas numa rotina quotidiana”.