Evento “Sons no Património” trouxe fadista Ricardo Ribeiro ao Museu da Chapelaria

Foi ao som da “voz inconfundível” de Ricardo Ribeiro, “reconhecido e consolidado embaixador da música portuguesa no mundo”, que S. João da Madeira (SJM) celebrou o seu património cultural e identitário no sábado, 29 de setembro.

No exterior do Museu da Chapelaria, dezenas de pessoas – entre as quais antigos operários das indústrias da chapelaria e do calçado, a presidente da Assembleia Municipal Clara Reis e a vereadora da câmara Irene Guimarães – assistiram ao primeiro concerto do fadista na cidade, que, resumindo numa só expressão, as “deixou pelo beicinho”.

A própria chefe da Divisão de Cultura da autarquia assim o disse. Referindo-se a Ricardo Ribeiro, Suzana Menezes afirmou na ocasião, em declarações exclusivas ao labor, que “a sua capacidade de afetos, de comunicação com o público, é absolutamente extraordinária”.

 

GN

Ricardo Ribeiro rendido ao público sanjoanense

E por falar em público, também Ricardo Ribeiro ficou rendido àqueles que o viram e ouviram em SJM. “É um público fantástico”, sublinhou o artista, acrescentando: “Uma das coisas que mais me tocaram foi o silêncio”.

Depois deste “concerto ótimo” em S. João da Madeira, onde lhe ofereceram um chapéu, o fadista vai “agora para o México” e, depois, para a Finlândia, onde atuará com a Orquestra Barroca de Helsínquia.

 

Fim de semana de festa nos dois museus da cidade

No passado fim de semana, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, este ano subordinadas ao tema “Partilhar Memórias”, e do projeto “Sons no Património”, o Museu da Chapelaria e o Museu do Calçado estiveram de portas abertas para receber sanjoanenses e gentes de outras paragens. Os visitantes tiveram oportunidade de não só participar numa série de visitas temáticas, com a presença de ex-chapeleiros e sapateiros, como também de ver (e de sentir) o espetáculo daquele que já é tido como um dos mais influentes fadistas da nova geração.

Não foi a primeira vez que o Museu da Chapelaria recebeu um concerto. Suzana Menezes contou ao jornal que, ao longo da história deste equipamento municipal, “em circunstâncias diferentes, já organizámos vários espetáculos de música dentro do Museu da Chapelaria”. Mas este, em concreto, “resultou de uma iniciativa conjunta da Área Metropolitana do Porto” (AMP).

“Sons no Património” é um evento em rede promovido pela AMP que, entre 27 e 30 de setembro, propôs 17 museus ou lugares patrimoniais – um dos quais, precisamente, o Museu da Chapelaria – como palcos de excelência.

Esta proposta da AMP lançou “inúmeras formas possíveis de estabelecer novos contactos, leituras e experiências do território e da inestimável herança cultural dos seus 17 municípios a uma escala metropolitana, gerando novas ligações e sentimentos de pertença a uma região única, rica em saberes e tradições seculares, berço de memórias e identidades próprias que se assemelham e reconhecem nas palavras, nos gestos e nas expressões”.

 

Plataforma PIN e Roteiros do Património Cultural

“Sons no Património” surge, deste modo, como o culminar de um projeto mais amplo de valorização do património cultural da AMP, do qual resultou primeiramente a Plataforma PIN (pin.amp.pt), que mapeia e agrega o conjunto de museus e monumentos classificados dos 17 municípios, e, mais recentemente, os Roteiros do Património Cultural da AMP. Estes últimos sugerem quatro possibilidades de visita temática, em formato de roadtrip, à inesgotável herança patrimonial da região.

 

 

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