A 1 de outubro de 2017, os portugueses foram chamados às urnas para decidirem o futuro do poder local democrático em cada uma das suas terras. Em S. João da Madeira, depois de uma campanha elucidativa, os resultados do ato eleitoral foram esmagadores.
As listas do PS, encabeçadas por Jorge Sequeira, Clara Reis e Helena Couto, para a Câmara, Assembleia Municipal e Freguesia, respetivamente, mereceram mais de 50% dos votos e uma ampla maioria em todos os órgãos autárquicos, o que evidenciou uma esclarecedora vontade coletiva de mudança.
Passado um ano, não restam dúvidas que os nossos concidadãos não só confiaram no PS – na sua matriz identitária, nos seus candidatos e no programa apresentado -, como puniram o PSD – pelas mesmas razões e pelo desastroso final de mandato.
E já nem o próprio PSD duvida disso, o que se tornou claro na última Assembleia Municipal, que se realizou na passada sexta-feira, na qual os seus deputados proporcionaram um autêntico exercício de reflexão e de autocrítica, ao tentarem imputar ao atual executivo falhas que os próprios não resolveram em 16 anos de gestão.
Desde ruas, passeios e jardins ignorados, longe das principais artérias da cidade; à erva grosseira que cresce nos espaços exteriores das piscinas há pelo menos uma década; até à frequência das reuniões do Conselho Municipal da Juventude que o PSD nunca quis; e ao timing da mudança das instalações da Junta de Freguesia, que o PSD oprimiu durante quatro anos.
Ainda que louvável, a análise do PSD não deixa de ser superficial, na medida em que muito mais se poderia aditar, nomeadamente a constatação da sua estratégia eleitoralista, bem visível nos dados do Anuário Financeiro dos Municípios de 2017, em que é evidente a coincidência dos aumentos orçamentais e de despesas em anos de eleições autárquicas – 2009, 2013 e 2017.
Posto isto, ainda bem que se constata, ao fim de um ano, a diferença na gestão autárquica do PS, na forma e no conteúdo, sendo esse um sinal de que as expetativas da nossa comunidade não estão a ser defraudadas e de que há uma visão de futuro para S. João da Madeira.
Com mais de 50 medidas implementadas, com especial incidência em áreas que fazem a real diferença na vida das pessoas, este executivo camarário já apresenta muito trabalho realizado. Que assim continue, que se cumpram o programa sufragado pelos Sanjoanenses e a sua vontade de mudar o rumo da nossa terra.
Leonardo Martins, deputado municipal do PS