Hoje quero, quero mesmo, elogiar os profissionais do comércio tradicional. Um elogio sincero, bem merecido, num tempo (sobretudo nos últimos tempos) em que têm andado na boca de toda a gente.
A culpa está na crise que ainda se faz sentir, acentuada pela proliferação desenfreada das grandes superfícies na tentativa de esvaziar o comércio tradicional. Mas os comerciantes resistem com dignidade. Resistem graças ao empenho, perseverança na resolução dos problemas que enfrentam no dia-a-dia, não esquecendo os que dizem e apontam a profissão como uma profissão de impacto insignificante para a cidade e para a vida dos sanjoanenses.
E se já é incómodo falar por falar, pior se torna quando se fala com aquele sentimento por vezes tão adverso, tão nefasto, que só causa dano ao comércio tradicional.
Os comerciantes têm, de facto, passado, infelizmente, por toda esta triste visão, mesmo a saberem que a profissão de comerciante é tão nobre como é tão importante para o desenvolvimento do concelho.
É esta profissão que todos nos lembramos do tempo em que fazia “inveja” a outras profissões. Pena é que hoje esteja esquecida por quem não devia e não a defenda como devia, a Associação Comercial (AC) de S. João da Madeira. Onde é que está a (AC) que não se a vê? É esta profissão que ajudou e ajudará sempre a dar passos importantes no desenvolvimento e na qualidade de vida dos sanjoanenses, por isso é que deve não só ser não esquecida, como também deve ser acarinhada.
É por isso, e por tudo isto, que hoje quero, quero mesmo, elogiar os profissionais do comércio tradicional.
É, sem dúvida, uma profissão que deixa uma marca indelével como poucas e faz com que seja procurada por pessoas que queiram ter e manter uma relação amistosa, cordial e respeitosa com quem rapidamente se habituam a chamar de patrão, dono ou simplesmente amigo. São, no fundo, pessoas que se cruzam ao longo da vida com os comerciantes do comércio tradicional.
Bem-hajam!