Maioria garante que “a câmara está de boa fé”

Além de assegurar que “a câmara está de boa fé”, Jorge Sequeira defendeu, por mais do que uma vez, na reunião de câmara de terça-feira passada, que “é importante para o interesse público tomar esta deliberação”, que, como o próprio fez notar, ainda “pode ser revertida”.

O autarca referia-se, concretamente, ao pedido de declaração de utilidade pública com caráter de urgência e autorização para a tomada de posse administrativa, que estava em cima da mesa de trabalhos, tendo em vista a expropriação de dois prédios situados nas imediações do Centro de Educação Integral e que se destinam à execução da obra “Qualificação Paisagística do Vale do Rio Ul – Setor Sul”. Assunto que, posto à discussão, “deu que falar” e que, chegada a hora da votação, a coligação do PSD/CDS-PP se recusou a votar, depois de ver reprovada pela maioria a sua proposta de retirada deste ponto da ordem do dia.

No entender dos vereadores Paulo Cavaleiro e Fátima Roldão, a autarquia devia “fazer um esforço final para chegar a acordo com o proprietário [Joaquim Valente da Silva]” antes de partir para a expropriação. Até porque, segundo o antigo vice-presidente da câmara, está-se a falar de “poupança de dinheiro do erário público”.

“Esperaram quatro meses, não é por mais uns dias. Ficava mais confortável se falassem uma última vez”, reforçou a ideia o elemento da oposição.

“Não há drama em aprovar esta resolução”

Só que para o edil sanjoanense “não há drama em aprovar esta resolução” e foi o que fez, juntamente com os restantes quatro vereadores do PS.

A propósito, Jorge Sequeira referiu que “é necessário dar sequência ao projeto”, não querendo com isto “minimizar o proprietário” nem “desconsiderá-lo”. “Apenas não podemos andar a negociar muito mais tempo. As coisas têm de ter um fim, um limite”, deixou claro.

Note-se que naquele mesmo dia de manhã o responsável político havia contactado o advogado do particular, transmitindo-lhe que, “ainda que esta proposta seja aprovada, a câmara pode ainda vir a chegar a acordo com o proprietário”. Isto após uma tentativa de contacto na semana transata sem sucesso e “um período de amadurecimento” de quatro meses.

Contrariamente a Paulo Cavaleiro, para quem “a função” de Jorge Sequeira é “falar as vezes que forem necessárias para chegar a um entendimento”, o líder camarário é de opinião – e partilhou-a com os presentes na sala – que “a câmara já deu imensas provas de querer colaborar”. Aliás, chegou a ser “alterado o projeto para ir ao encontro de algumas pretensões do particular”, “o que implicou um custo” para o Município.

 

 

 

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