O protótipo estará cerca de dois meses junto à Sanjotec, depois de ter sido apresentado no dia 11 de outubro. Para sabermos mais sobre esta “casa do futuro” estivemos à conversa com Sérgio Almeida, gerente da Dreamdomus

 

Quando começaram este projeto?

Este projeto começou há cerca de dois anos com a aprovação de uma candidatura a um projeto de ID&T no âmbito do programa COMPETE 2020, apresentada pelo consórcio liderado pela Dreamdomus (www.dreamdomus.com), em colaboração com a FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e a MagnumCAP (www.magnumcap.com). O projeto conta ainda com a colaboração do arquiteto Alberto Montoya (www.bau-uau.com).

 

Quanto tempo demoraram a construir o protótipo em exposição em S. João da Madeira?

O protótipo demonstrador demorou cerca de um mês a ser construído, embora tenham sido necessários bastantes meses de estudo, de projeto e de planeamento para materializar a ideia.

As pessoas podem visitar este protótipo?

Sim, queremos abrir as portas a todas as pessoas interessadas em conhecer melhor o projeto e o conceito. Bastará agendar uma visita pelo email [email protected] ou manifestar o seu interesse junto da portaria da Sanjotec.

O projeto “Home Zero” visa o desenvolvimento de um sistema construtivo de habitações com um balanço energético quase nulo. Pode ser considerada uma “casa do futuro”?  

Sem dúvida que é um projeto futurista, com caraterísticas inovadoras e disruptivas. Para além do aspeto da poupança energética que uma casa desta natureza representa para os seus utilizadores, incorpora também uma forte preocupação ambiental, não só pelo facto da energia utilizada na mesma ser fundamentalmente de origem solar, mas também por promover a reutilização de baterias usadas de automóveis elétricos, prolongando desta forma o seu ciclo de vida.

Como descreveria esta casa a um potencial comprador?

Podemos afirmar que esta casa traduz o conceito NZEB (nearly zero energy buildings), o que significa que tem um balanço energético muito próximo do zero. Para este objetivo contribui um adequado sistema construtivo com elevadas performances térmicas, projetado com base num adequado projeto de arquitetura, tendo em conta a sua forma e orientação solar, um sistema de captação de energia solar aliado a um sistema de armazenamento de energia, e por fim, uma solução de gestão inteligente de energia (Domótica). É a combinação de todos estes fatores que nos permitem apresentar um projeto com elevadas performances térmicas, energéticas e ambientais, para além dos elevados níveis de conforto térmico e acústico.

Quais as características deste protótipo?

O protótipo demonstrador foi projetado para ser transportado para vários locais e por esse motivo tem uma área máxima de cerca de 40m2. O espaço foi pensado pelo arquiteto Alberto Montoya, com uma distribuição retangular que compreende um quarto, uma sala com kitchenette, uma casa de banho e uma zona própria exterior para carregamento de veículos elétricos.

Futuramente, as pessoas poderão “personalizar” a Home Zero? 

Sim, o conceito pode ser aplicado a qualquer tipologia de habitação, desde que se trate de uma obra nova pensada de raiz.

Qual a reação das pessoas a este protótipo?

As reações têm sido muito positivas. As pessoas que nos procuram têm uma elevada consciência ambiental e reagem também com grande entusiasmo aos aspetos do conforto térmico, às questões da poupança energética e das novas experiências tecnológicas. Uma parte significativa da população está atenta e preocupada com novas soluções que contribuam para a descarbonização do planeta e para a sustentabilidade económica e ambiental. Esperamos que este projeto seja também um contributo nesse caminho que todos teremos que percorrer.

Para onde vai o protótipo depois de S. João da Madeira?

A próxima localização ainda é incerta, embora haja a intenção de o expor noutras localidades. Poderão acompanhar as novidades sobre o projeto em www.homezero.pt.

 

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