Por ocasião do início do ano letivo ambos os jornais da cidade publicaram, a solicitação do autor, um texto do Dr. Jorge Sequeira enquanto Presidente da Câmara Municipal. 

Na reunião do executivo que a seguir teve lugar o vereador Paulo Cavaleiro, suspeitando que tal publicação teria acarretado custos para o erário municipal – o que não é verdade – confrontou o Presidente da Câmara com a questão, aproveitando o momento para nos dar o privilégio de referir expressamente o labor pelo nome próprio e estranhando, segundo rezam as crónicas, qualquer coisa como: “Antes, artigos iguais não eram publicados no labor, mas esta foi uma exceção”.

Como o Dr. Paulo Cavaleiro nos continua a merecer o respeito de sempre, dado que as suas referências ao labor foram públicas e publicadas, da mesma forma o consequente esclarecimento o deve ser. 

O senhor vereador Paulo Cavaleiro pode, pois, ficar descansado porque o labor teve, tem e continuará a ter a preocupação de privilegiar a publicação de artigos de opinião em regime de exclusividade porque é nosso entendimento que essa prática favorece o pluralismo de opinião e contribui para a diferenciação e reforço da autonomia editorial de cada um dos jornais locais. 

Aliás, o senhor vereador Paulo Cavaleiro também tem este jornal à disposição para quando lhe aprouver – e se assim o entender – transmitir aos nossos leitores a sua interpretação pessoal do que é a gestão da coisa pública.

Acresce que o senhor vereador Paulo Cavaleiro não tem, na sua história enquanto político, qualquer razão para apoucar, ainda que numa ironia que levamos à conta da sua ação política, a independência editorial deste jornal não lhe ficando nada bem privilegiar, nessa ação, o acinte para com um qualquer jornal em detrimento da valorização das suas propostas no combate político que dele se espera e lhe compete.

A publicação de um texto do Presidente da Câmara, com o teor institucional que tinha, não se enquadra no conceito de “artigo de opinião” que o senhor vereador referiu e com o qual pretendeu confundir quem o ouvia. Devo recordar-lhe, aliás, que durante os muitos anos em que o seu partido dominou o executivo municipal nunca tivemos qualquer solicitação de um dos seus Presidentes para publicar um texto de teor idêntico o que, a acontecer, teria tratamento similar ao que teve o do Dr. Jorge Sequeira.

Mas, já agora, numa outra reunião o senhor vereador voltou a “bater no ceguinho” a propósito de uma notícia do labor sobre a decisão da câmara retirar a “geringonça” que por sua iniciativa – no anterior executivo – tinha sido instalada no parque da cidade. Ainda segundo as crónicas o senhor vereador disse que “…podia até perguntar como é que o jornal soube que havia um relatório, mas não quero ir por aí”, sublinhando que “não gosto de fazer política assim”.

Ora o senhor vereador Paulo Cavaleiro, até pela vasta experiência que teve como vereador de maiorias absolutas anteriores, mais do que ninguém sabe como as suas maiorias bloqueavam informação ao labor e, em simultâneo, as facilitava noutro sentido sem demérito dos profissionais da comunicação que as recebiam.

Por tudo isto será das últimas pessoas da fila a poder ajuizar ou tirar conclusões precipitadas sobre o que o labor publica com base no trabalho dos seus profissionais e não com base no favorecimento que bem conhece, pelo que atrás ficou dito.

Enquanto responsável máximo por este jornal reitero que o senhor vereador Paulo Cavaleiro nos merece o respeito de sempre. Respeito e até amizade pessoal. Mas terá que conviver com algo diferente do tempo das suas maiorias e evitar apoucar a comunicação social. Neste caso o labor. Como dizia o outro, isso era “inhantes”!

Pedro Silva

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