A queda de ramos e de árvores danificou duas viaturas e as infiltrações de água afetaram a escola de Fundo de Vila
A passagem da tempestade Leslie pelo nosso país teve impacto em S. João da Madeira.
A “queda de ramos e de árvores”, “a projeção de objetos para as vias de circulação devido à força do vento” e “algumas inundações e infiltrações de água” estão entre as ocorrências registadas e acompanhadas “em permanência” pelas entidades do serviço municipal de Proteção Civil, nomeadamente os bombeiros, a PSP e a câmara, informou o gabinete de comunicação municipal, revelando que o autarca Jorge Sequeira esteve presente, na noite de sábado para domingo, no Quartel Operacional das Travessas.
A PSP registou a queda de ramos nas ruas 16 de Maio, António Sérgio e na Avenida do Vale. Já os bombeiros registaram a queda de árvores nas ruas António Sérgio, da Mourisca, dos Ribeiros, das Águas e na Avenida 1º de Maio, inundações nas ruas Afonso Albuquerque e de São Roque e a queimada de sobrantes na Rua da Buciqueira.
Da queda de ramos e de árvores na Rua António Sérgio, resultou danos em duas viaturas que serão cobertos pelo seguro camarário indicado para este tipo de ocorrências, apuramos junto das entidades da Proteção Civil.
Os “dias de chuva intensa, em especial durante a passagem da tempestade Leslie, fizeram com que a água transpusesse as lajes de algumas coberturas da Escola Básica de Fundo de Vila, estabelecimento de ensino de onde foram retirados os telhados em fibrocimento e se preparava a colocação de novo material, no âmbito de uma empreitada para remover o fibrocimento que ainda se mantinha naquele edifício”, explicou o gabinete de comunicação camarário ao labor.
De acordo com a mesma fonte, “os cuidados face à aproximação da tempestade evitaram danos de maior, mas, ainda assim, as infiltrações registadas exigiram uma intervenção de limpeza das salas afetadas” tal como constataram José Nuno Vieira, vice-presidente, e Irene Guimarães, vereadora da Educação, durante uma visita de avaliação da situação que fizeram no domingo, acompanhados pelo empreiteiro, por técnicos da Divisão de Obras da autarquia, pela coordenadora da escola e pela responsável do agrupamento para o 1.º ciclo e JI.
Após a análise, “determinou-se que o acesso a algumas salas de aula ficaria temporariamente vedado e que as mesmas seriam, entretanto, reparadas. De forma a reduzir os transtornos para as famílias, preparou-se uma reorganização das áreas não afetadas, nomeadamente utilizando a biblioteca, de forma a que as aulas possam decorrer em condições de conforto e segurança”, informou o gabinete de comunicação municipal. A “maior parte das crianças (cerca de 75%) foi ontem (dia 15 de outubro) à escola” e a afluência esteve “dentro da normalidade” na terça-feira, dia 16 de outubro, adiantou a mesma fonte, esclarecendo que “os alunos que na segunda-feira não frequentaram a escola fizeram-no por opção dos seus pais e encarregados de educação, opção que a câmara respeita, apesar de estarem garantidas, segundo avaliação técnica executada, as condições de segurança necessárias para tal frequência”.
A câmara municipal reiterou “a importância da empreitada em curso nesta escola, a qual visa dar resposta ao imperativo de remoção do amianto, contribuindo, assim, para a significativa melhoria das condições de utilização deste estabelecimento de ensino”, assegurando que “este trabalho tem prosseguido desde então, com o envolvimento de todas as entidades da Proteção Civil Municipal, assim como da própria empresa concessionária da limpeza urbana da cidade”.
Água até aos tornozelos, teto caído e chão com buracos
A água até aos tornozelos em algumas divisões, o teto caído numa das salas e o chão em linóleo a começar a abrir pequenos buracos são os resultados das infiltrações de água desde sexta-feira passada até domingo na escola de Fundo de Vila, apurámos junto de Joana Dias, a representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação desta escola, explicando que os alunos que não foram às aulas, esta segunda-feira, foi por uma questão de prevenção apesar de ter sido assegurada a segurança por parte do Município. Uma das maiores preocupações da associação está relacionada com os danos provocados pelas infiltrações nas paredes e chão da escola devido ao seu efeito a médio e longo prazo no edifício que foi intervencionado pela última vez há 13 anos, explicou Joana Dias ao labor.