Passados mais de 15 dias desde a Tempestade Leslie, que atingiu o concelho, e uma semana depois de o assunto “ter vindo à baila” em reunião de câmara pela voz da associação de pais e encarregados de educação (APEE), o labor voltou a interpelar o Município sobre as obras da Escola EB1/JI de Fundo de Vila que ainda estão por terminar. Mas também acerca das outras intervenções anunciadas em sede de executivo municipal no passado dia 23, aquelas que, embora já estivessem nos planos da edilidade, vão ser antecipadas devido aos recentes efeitos do mau tempo.

Esta última terça-feira, em declarações exclusivas ao nosso jornal, depois de nova visita a este estabelecimento de ensino sanjoanense, Jorge Sequeira disse não poder adiantar, neste momento, a data do início da nova empreitada nem o valor da verba alocada no Orçamento Municipal para o efeito. Mas o autarca garantiu que está já a ser feito o levantamento das “patologias” existentes para, seguidamente, se proceder à elaboração do projeto. Assegurou ainda que “a obra arrancará com a máxima celeridade possível”.

 

“Escola foi selecionada como prioritária”

Nesta conversa com o labor, Jorge Sequeira também fez questão de lembrar que “esta escola não tinha obras desde 2003 e que está a ter agora em 2018”. “Finalmente, a câmara decidiu mudar a cobertura desta escola”, sublinhou, referindo-se, concretamente, à empreitada da retirada da cobertura em fibrocimento com amianto e da sua substituição por painéis metálicos duplos isolantes, que “está praticamente acabada” e que “aguarda pelos remates finais”.

O líder camarário fez ver que “esta retirada do amianto já poderia ter sido feita [em outro(s) mandato(s)]”, mas não foi. E, por isso, “assim que tomámos posse, lançámos um programa” nesse sentido.

Foi lançado o concurso, “vimos qual era a verba que tínhamos disponível, tendo sido com base nos recursos financeiros disponíveis que decidimos avançar, em primeiro lugar, com três escolas”, para além do Complexo Desportivo Paulo Pinto – um investimento de cerca de 350 mil euros.

“Esta escola [EB1/JI de Fundo de Vila] foi selecionada como prioritária”, devido ao seu estado de degradação. Além desta, também foi dada prioridade à EB1/JI do Parrinho e ao JI das Travessas, estando em todas a obra quase terminada.

 

“Tudo foi feito de acordo com as regras”

Ao labor Jorge Sequeira ainda reafirmou o que havia dito na semana transata, nomeadamente que “a segurança das crianças nunca esteve em risco” e que “não houve necessidade de retirá-las da escola”. “Tudo foi feito de acordo com as regras”, reforçou a ideia, chamando a atenção para, por exemplo, o facto de terem sido feitas medições à qualidade do ar e que, mesmo não se tendo registado qualquer anomalia, ter sido dado “um dia de intervalo” antes do recomeço das aulas. Nesse dia, os alunos tiveram oportunidade de visitar equipamentos municipais.

“Decidimos lançar a obra agora para que os efeitos positivos começassem a sentir-se já”, voltou a deixar claro.

Novamente contactada pelo nosso jornal, a APEE da EB1/JI de Fundo de Vila afirmou que “mantém a posição” assumida na reunião de câmara. Segundo a presidente Joana Dias, “estamos a acompanhar os trabalhos e a aguardar que a autarquia cumpra com o que prometeu”.

 

 

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