Fruto de uma parceria entre a Misericórdia e o Município

A Santa Casa da Misericórdia (SCM) de S. João da Madeira (SJM) antevê “um ano de 2019 repleto de oportunidades”, estando “a trabalhar afincadamente para que muitas delas se tornem realidade”. Em assembleia-geral (AG), reunida para, entre outros assuntos, aprovação do plano de atividades e orçamento” para o próximo ano, o seu provedor enumerou algumas dessas “oportunidades”, entre as quais a criação de duas salas de apoio a pessoas sem-abrigo (uma de refeições e outra de convívio).

Precisamente nesse sentido, a SCM elaborou, em colaboração com o Município de SJM, uma candidatura visando “reparar e aumentar a garagem do Trilho”. “Esta medida será provavelmente complementada com a abertura de uma residência, a disponibilizar pela edilidade, para três sem-abrigo e que será gerida e supervisionada pela Misericórdia”, adiantou José António Pais Vieira, no passado dia 30 de novembro, perante os Irmãos da Misericórdia que compareceram a esta reunião da AG “em número regular”.

Também fruto da “exemplar colaboração entre a câmara municipal e a Santa Casa da Misericórdia”, o provedor falou de uma outra candidatura apresentada, desta feita, para a formação de cuidadores de apoio domiciliário. “Queremos dar mais qualidade a estes serviços e isso só será possível com cuidadores bem preparados”, justificou o responsável, informando ainda que, novamente apoiados pela autarquia sanjoanense, vão “assegurar refeições diárias a todos os utentes da Cantina Social, mesmo àqueles que viram este apoio ser-lhes retirado pelo Estado”.

Instituição conta com cerca de 300 colaboradores e presta serviços a mais de mil pessoas

Pais Vieira ainda aproveitou o tempo de antena para dar ênfase à “fase de grande crescimento que vive a instituição, bem patente no número de colaboradores (cerca de 300) e sobretudo, no que é mais importante, no número de pessoas a quem prestamos serviços, mais de mil diariamente”.

Segundo nota informativa remetida ao labor pela própria SCM, a compra em fevereiro de 2018 do insolvente Centro Social Dr.ª Leonilda Aurora da Silva Matos, da Vila de Fajões, em fase de liquidação, incrementou a atividade em cerca de 30%, passando o volume orçamental para cerca de 6,5 milhões de euros. “O próximo ano, de 2019, é o primeiro em que o complexo social de Fajões será gerido já alijado dos custos com o processo de aquisição e com a adequada instalação das respostas sociais, devendo funcionar a totalidade do período em situação corrente”, refere o texto recebido pelo nosso jornal.

SCM quer criar um CAO e duplicar o número de utentes do SAD

Tendo em vista a criação de um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) para 30 utentes que “servirá os nossos 24 residentes no lugar do Pisão e ainda poderá acolher mais seis dependentes externos”, a SCM apresentou uma candidatura.

E ainda relativamente ao CAO, o provedor informou que vão ficar “atentos à possibilidade de aparecerem medidas que nos permitam obter financiamento no valor de 700 mil euros, com grande percentagem a fundo perdido, para terminar a estrutura já existente no Pisão”.

De igual modo sobre o tema “Pisão”, Pais Vieira deu a conhecer que vão “encetar negociações com a Segurança Social no sentido de encontrarmos um destino viável para as residências autónomas que estão construídas, sem recheio e sem utilização”.

Quanto ao Serviço de Apoio Domiciliário, “candidatámo-nos, solicitando autorização e comparticipação, ao aumento para o dobro dos utentes”. A Santa Casa pretende passar de 30 para 60 pessoas diariamente assistidas nas suas residências e, assim, “cobrir melhor os necessitados no eixo de S. João da Madeira/Fajões.

Na ocasião, o provedor fez saber que concorreram também ao Portugal 2020 para poderem “concluir as Medidas de Segurança e autoproteção preconizadas pela Segurança Social para o Lar de S. Manuel”. Nota, igualmente, para a “candidatura que, a ser aprovada como esperamos, nos irá finalmente permitir fazer as obras da centralização de todas as cozinhas, no piso inferior da Casa de Repouso”, e para a “nova candidatura ao ‘Trapézio Com Rede’ que, a ser outorgada pela terceira vez, realça a aprovação das instâncias superiores e mostra bem como temos trabalhado com qualidade esta temática de tão complexa abordagem”, conforme acrescentou.

Postos à votação, tanto o plano de atividades como o orçamento para 2019 foram aprovados por unanimidade. Osrestantes pontos previstos na ordem de trabalhos tiveram o mesmo sentido de voto, designadamente a venda de património que veio à posse da Misericórdia no processo de compra do Centro Social Dr.ª Leonilda Silva Matos. De acordo com a nota de imprensa enviada ao labor, “este património não deverá ser afetado a funções sociais pelo que a melhor forma de o rentabilizar deverá passar pela venda”.

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