Mais bancos, mas com lápis diferentes para outros locais da cidade
A Câmara Municipal de S. João da Madeira e a empresa Viarco “deram as mãos” e o resultado está à vista, “bancos de lápis”, junto ao Largo do Souto, na Avenida Dr. Renato Araújo.Os três primeiros exemplares destes bancos foram colocados durante a tarde do dia 14 de dezembro e está prevista a colocação de mais “bancos de lápis” no jardim entre o Fórum Municipal e o Tribunal de S. João da Madeira e na Torre da Oliva no âmbito do Turismo Industrial, adiantou o presidente da câmara, Jorge Sequeira, à comunicação social, revelando que “a ideia partiu do José Nuno Vieira no âmbito de uma discussão sobre o cumprimento do nosso programa eleitoral, onde consta referência à utilização de lápis e outros elementos da indústria para valorizar o comércio tradicional e o centro da cidade”.
A ideia apresentada pelo vice-presidente da câmara, de transformar os bancos de jardim em “bancos de lápis”, foi “acolhida com entusiasmo por todos”, contou Jorge Sequeira.
A ideia começou a ganhar forma quando o Município estabeleceu contacto com a Viarco. A empresa sanjoanense “deu ajuda no desenho, mas toda execução dos bancos é de trabalhadores da câmara municipal que se empenharam com muito orgulho e paixão neste projeto”, relatou o presidente, salientando que “foi tudo feito na nossa carpintaria”.
O sucesso dos “bancos de lápis” junto de quem lá passa, tira fotografias e nas redes sociais leva a crer que “temos aqui matéria para criar uma nova marca da cidade”, assumiu Jorge Sequeira, considerando que “o alcance desta iniciativa para projetar S. João da Madeira tem sido absolutamente fantástico”.
O autarca admitiu estarem “a ponderar” a possibilidade de substituir todos os bancos de jardim por estes “bancos de lápis” até porque têm recebido “muitos pedidos nesse sentido”. Os “bancos de lápis” previstos para os outros locais, mencionados anteriormente, “não vão ser todos iguais” aos originais, anunciou Jorge Sequeira, explicando que “vamos tentar espelhar outros tipos de lápis”.
Para levar a cabo esta “marca da cidade”, “não houve custo de ideia, de projeto, apenas compra da madeira, do tratamento por causa da chuva, das tintas e mão de obra”, disse o presidente da câmara sem conseguir dizer o custo de cada um dos bancos.
O Município tem em vista “mais ideias alusivas a outros elementos da cidade, mas queremos fazer desta forma e apanhar as pessoas de surpresa”, assumiu Jorge Sequeira sem adiantar mais pormenores sobre estas mesmas iniciativas.
“Com simplicidade é possível por os espaços públicos bonitos”
Esta ideia “já vem sendo trabalhada há uns meses”, revelou o administrador José Vieira, administrador da Viarco, aproveitando para esclarecer que “a ideia é da câmara municipal que nos pediu ajuda na parte do design, da estrutura e do conforto”.
De resto, “o pessoal da câmara é que construiu os bancos”, informou José Vieira ao labor.
O Município pegou numa peça de mobiliário normal, bancos de jardim, e alterou o seu aspeto, dando origem a uns “bancos de lápis” originais e únicos no país.
Esta iniciativa permitiu criar uma “marca” da cidade e, ao mesmo tempo, promover e eternizar uma outra, a Viarco, a única empresa que produz lápis em Portugal.
A esta medida que transformou por completo a visão que podemos ter sobre os bancos de jardim, agora “bancos de lápis”, “uma cidade que aproveita os seus símbolos ajuda a criar marcas”, reagiu o administrador da Viarco durante a conversa com o labor.
Tanto nesta como em qualquer outra iniciativa que valorize as pessoas, as empresas, as entidades de S. João da Madeira, “temos de jogar todos para o mesmo lado e no mesmo sentido e temos de retirar os devidos proveitos deste tipo de ação”, destacou José Vieira.
Os “bancos de lápis” vêm demonstrar que “com simplicidade é possível por os espaços públicos bonitos”, indicou o administrador da Viarco.
E, de um momento para o outro, os “bancos de lápis” levam “as pessoas a sentirem orgulho por terem uma coisa diferente para apresentar na sua cidade”, destacou José Vieira. Uma iniciativa “à qual nos associamos com muito gosto, mas o mérito pertence à câmara e aos funcionários que tiveram a ideia e executaram a mesma”, clarificou, uma vez mais, o administrador da Viarco ao labor.
Iniciativa bate recordes nas redes sociais
Iniciativa bate recordes nas redes sociaisDe acordo com o Município, esta é a primeira iniciativa a atingir o maior número de reações, visualizações e partilhas na sua rede social Facebook. Um outro facto curioso é que todas estas interações são positivas.
2.400 reações
242 comentários
2470 partilhas
23 mil visualizações
63 mil interações
Vox pop
O que acha dos “Bancos de Lápis”?
Cristiano Pereira, 36 anos
“Acho ótimo pelo facto de dar mais cor e homenagear uma das empresas mais antigas de S. João da Madeira. A nossa cidade precisa de crescer e é com estas pequenas coisas que cresce. Ela precisa de mais ar fresco, espaços abertos, ela tem espaços muito urbanos”.
Maria João Cristino, 14 anos
“Acho que ficam bem e podiam colocar estes bancos no resto da cidade. Acho que ficava engraçado e chamava mais à atenção”.
Joana Pinto, 13 anos
“Acho que fica fixe. Dá mais cor à cidade. Além disso, têm os lápis por causa da Viarco”.
Leonor Pereira, 14
“Acho que é uma boa ideia, porque, para além de dar mais cor à cidade, as cores influenciam as nossas emoções e tornam a cidade mais alegre”.
Simão Duarte, 68 anos
“Acho que é uma boa iniciativa e até parei para ver os bancos. Acho que é uma boa ideia colocar noutros sítios da cidade”.