Direito de Resposta
Foi-me dedicado, por um residente em Milheirós, um artigo com o título “Milheirós Insubmissa” publicado no último número do jornal labor.
O articulista fala “da nossa velha amizade”. Eu sou exigente com a amizade e se tivesse amigos como ele não precisava de ter inimigos.
Embora queira ser muito breve, não posso deixar de referir o que é óbvio; enquanto eleito da Assembleia Municipal de S. João da Madeira eu oriento-me pelo programa eleitoral que subscrevi e só tenho que prestar contas aos eleitores sanjoanenses.
É ridículo que o “milheiroense insubmisso”, com linguagem “revolucionária”, traga para a liça o nome de Jaime Afreixo e me tente rebaixar com esse “trunfo”. O “revolucionário” não se importa com o facto da personagem que evoca ter sido um almirante da Marinha, implicado no golpe fascista do 28 de Maio de 1926, membro do governo na ditadura, ministro do interior em 11 de Outubro daquele ano, grande admirador de Salazar e um dos organizadores, nos primeiros anos do fascismo, do aparelho repressivo policial. O facto de pegar em tão sinistra figura para me atingir, mostra que para atacar um comunista tudo serve.
Por fim, apelo aos “insubmissos” e seus aliados para que neste processo de eventual junção, defendam que seja garantido aos sanjoanenses, os mesmos direitos que os milheiroenses tiveram. Refiro-me, evidentemente, ao direito de, antes de aprovada qualquer lei, possamos também nós, os de S. João da Madeira, expressar livremente a nossa vontade através de um referendo. SEM ISTO, O PROCESSO NÃO SERÁ DEMOCRÁTICO!
Jorge Cortez