Esta simpática resposta dos presidentes locais dos partidos da Oposição Positiva e Construtiva – designação inovadora muito agradável que a coligação em causa adoptou para o seu mail de comunicação de onde a mensagem nos foi enviada – deixa-me ainda mais seguro da veracidade das informações que veiculei no editorial em causa, pelo que lhes agradeço a oportunidade que me dão de voltar ao tema. Vejamos porquê!

Em momento algum é desmentido que o atraso com que os documentos em causa foram entregues ao vereador Paulo Cavaleiro não tenha sido de 56 minutos. Logo, fica reconfirmada a minha afirmação de que o vereador Paulo Cavaleiro teve apenas menos 0,967% do tempo que legalmente deveria ter tido.

Relativamente ao atraso na entrega dos documentos à vereadora Fátima Roldão há, de facto, um dado novo e que é ilustrado com o mail de que nos enviaram cópia e referido no texto anterior. Nesse mail os serviços do município (supõe-se, porque não identifica o remetente…) reconhecem o lapso. Só que esse dado novo em nada altera o que escrevi porque, embora o texto da “resposta” o omita, os documentos em causa e que não chegaram por email à vereadora foram-lhe entregues em mão “…por protocolo nesse mesmo dia, às 16h45…” tal como refere o comunicado que a Câmara enviou à imprensa e nunca desmentido. E com base nesses dados facilmente chegamos ao valor que referi no meu texto, ou seja, de que a vereadora Fátima Roldão teve, de facto, menos 2,489% de tempo do que legalmente deveria ter para analisar os documentos. Fica, assim, também reconfirmada a informação que constava do meu texto. E, convenhamos, fica também revalidada a minha opinião de que os senhores vereadores tiveram – se o quisessem – mais do que tempo para estudar os documentos em causa. Mesmo que, por absurdo, a vereadora os não tivesse recebido, competiria ao outro vereador da coligação, Paulo Cavaleiro, disponibilizá-los e estudá-los em conjunto, antes da reunião, se o incumprimento do prazo fosse por eles considerado irrelevante.

Acresce que também me é legítimo concluir, do texto acima, que o facto de nele se ter omitido a entrega dos documentos à vereadora Fátima Roldão, em mão e por protocolo, é uma clara tentativa de confundir os leitores. Como me foi legítimo, enquanto observador externo, concluir que a atitude dos vereadores, com o adiamento da discussão e votação poderia configurar prejuízo para o município. Recordo, a propósito, que escrevi “estarão” e não “estão”! Há uma diferença. E espero que a percebam. Mais. Quando considerei que estariam – vejam que escrevi “estariam” e não “estavam”… – a seguir os mesmos tristes passos que aqui há uns anos outros seguiram relativamente ao projecto das Piscinas Municipais, inviabilizando a sua construção, relembrei que fui um dos que estiveram do lado da Câmara (e não da oposição) de então, tendo sido um dos primeiros subscritores do documento público a favor da sua construção. Tal como o actual Presidente da Câmara e vários outros “correligionários”, se me permitem a reutilização do termo de que não gosto. Daí que a associação a este triste assunto ao Director do labor tenha uns vestígios de mau gosto.

Para terminar: Não preciso de repetir que o labor é um jornal isento. Não procura ser isento. É ISENTO. Dá a todos a mesma oportunidade de expressão e não discrimina ninguém. E nessa matéria não recebemos lições de ninguém muito menos de quem, por força das circunstâncias, se nos dirige enquanto titular de cargos políticos. Mas não queiram proibir quem aqui escreve, do director ao mais pontual colaborador, de ter a sua opinião e comprometimento político. Nenhum de nós é acéfalo. A Dr.ª Susana Lamas, uma das subscritoras da resposta em representação dos vereadores, já por aqui passou, dirigiu uma edição, e é uma das várias testemunhas da prática “livre e isenta” de que nos orgulhamos.

Como não vislumbrei nenhuma correcção específica ao conteúdo do meu texto reitero tudo o que nele escrevi.

 

Pedro Silva

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