A 25 de maio de 2017 a vontade e ambição de um conjunto de pessoas para abraçar um projeto ambicioso e único na região era materializada com a criação do Clube A4.
Desde então, o crescimento tem sido tal que em menos de dois anos a coletividade, focada na modalidade de ginástica, conta já com 125 atletas federados dos 2 aos 64 anos de idade.
O projeto, que nasceu com a ambição de se tornar numa escola gímnica de referência regional e nacional e que tem como missão promover o desenvolvimento desportivo da ginástica nas suas diversas disciplinas, não só em S. João da Madeira como também nos concelhos vizinhos, pretende ser parte fulcral do desenvolvimento de crianças e jovens, tendo por base um modelo inclusivo, abrangendo as vertentes de formação, recreação e competição.
Assumindo-se como uma escola de valores, que pretende ser reconhecida na comunidade pela sua conduta ética e que se quer distinguir pela busca de excelência na formação dos seus atletas e pela melhoria da qualidade de vida e condição física de todos os utentes, o Clube A4 também tem vindo a demonstrar preocupações de carater social.
Nesse sentido, lançou recentemente o programa Total Gym, uma iniciativa de ginástica inclusiva que visa potencial o bem-estar físico e psicológico da população em geral e em particular das pessoas com deficiência num contexto de inclusão social, onde os praticantes da ginástica adaptada, como os utentes da CERCI, podem treinar conjuntamente com os ginastas do clube, numa partilha de experiências e emoções.
“Pretendemos que este projeto, atualmente implementado, consiga dar resposta a uma sociedade mais justa, equitativa e solidaria”, afirma Rita Veloso, dirigente da associação. “No nosso entender, as pessoas portadoras de deficiência devem ter as mesmas oportunidades na nossa cidade. E porque não poderem praticar ginástica no nosso clube com os nossos ginastas?”, questiona a responsável, explicando que “foi com esse objetivo que surgiu o protocolo de cooperação do Clube A4 com a CERCI de S. João da Madeira.
“Acreditamos que teria de ser um projeto da sociedade e para a sociedade, passível de ser reproduzido em outras cidades. É intenção do clube contribuir para que S. João da Madeira seja a capital da ginástica inclusiva e, por conseguinte, possa ajudar para um país mais inclusivo e solidário”, frisa Rita Veloso, assegurando que quem está ligado ao clube “são pessoas de grande iniciativa e altruísmo social”. “A sua grande maioria já foi dirigente de associações semelhantes e/ou trabalhou em causas nobres na cidade. Deste modo, queremos assistir a um trabalho continuo, sinérgico e capaz, onde as crianças, seniores e pessoas portadoras de deficiência possam trabalhar anualmente com um propósito para um fim”, explica.
Para Rita Veloso, “a riqueza deste projeto passa pelas partilhas criadas durante os treinos, provas e espetáculos com estas duas populações”. “Para os nossos ginastas é um orgulho poderem participar nesta classe inclusiva onde o pouco se torna grandioso para aquelas pessoas. Uma ajuda, um sorriso, um ‘tu consegues’ é tão ou mais importante do que conseguirmos a perfeição do sincronismo nas coreografias conjuntas”, salienta a dirigente, que acrescenta ainda que “a imperfeição é a beleza daquele grupo tão heterogéneo, mas tão incrivelmente amigo e solidário”.