Na vida perturbada que hoje se vive, envolta por muitas solicitações, os dias passam apressados. Por vezes, nem chegam para concretizar todas as actividades a que nos propomos e é difícil parar para pensar em dar aos outros.
Alguns de nós poderão dispor de mais tempo, outros nem tanto. No entanto, todos podemos, dentro do possível, dar uma ajuda que até pode ser insignificante, mas que tem muito valor para quem precisa. Às vezes, basta um pequeno gesto, uma palavra de conforto, de afeto, o calor de uma mão amiga.
O voluntariado, sem que se espere por retorno, é uma prática tão antiga como a própria Humanidade. É certo que grande parte das suas origens é religiosa, mas o trabalho voluntário é, igualmente, moldado por fatores culturais, políticos e económicos. Daí a diversidade dos campos de atuação em que pode ser exercido.
Ser voluntário é muito mais do que querer ajudar. É um ato de cidadania ativa, é ser participante de forma comprometida, despreocupada e implicada num determinado objeto, é dar aos outros sem pedir nada em troca.
Ser voluntário é um meio em si, uma forma de atuar para transformar. Exige disponibilidade, comprometimento, mas sobretudo responsabilidade, acreditando, acima de tudo, que a sua ajuda e colaboração fazem a diferença.
Se bem que o trabalho de voluntário não está isento de dificuldades, uma vez que as pessoas que se dedicam ao voluntariado não esperam receber seja o que for, muito menos contrapartida material, sendo que alguns setores da sociedade tendem até a desvalorizar as suas capacidades.
E há também aqueles que não veem o voluntário com bons olhos, porque temem ser substituídos nas atividades que exercem. Esquecem que os voluntários tem potencial, mas que não os substituem nem tão pouco competem com eles.
Cada um sabe qual é o seu papel e deve ser claramente definido.
Os voluntários, por muito que se possa dizer, são uma mais-valia para as organizações, um ativo extremamente valioso. O seu trabalho deve ser valorizado e o seu papel enaltecido.
Poderão ser muitas as motivações que levam pessoas ao exercício do voluntariado. Desde que sejam conscientes e responsavelmente assumidas todas elas são válidas.
Os voluntários, com a sua entrega, generosidade e dedicação, com a sua riqueza de experiência de vida, vinda da diversidade de formação com a vontade de se colocar ao serviço, com a vontade de querer dar a quem precisa de receber, abraçam causas nobres contribuindo para um mundo melhor.