De 7 de fevereiro a 3 de março esteve patente ao público nos Paços da Cultura a exposição de pintura Exposição, contando, entre os visitantes, com a presença de alunos e professores da Escola Básica e Secundária (EBS) Dr. Serafim Leite.
Tratou-se de uma mostra que, além do autor dos quadros, cada um deles representando em termos figurativos um dos 10 cantos d’ “Os Lusíadas”, teve a colaboração de Margarida Matos, professora aposentada daquela EBS sanjoanense, e foi organizada pela Junta de Freguesia (JF) de S. João da Madeira, como, aliás, o labor noticiou oportunamente
Mas esta iniciativa da JF, “que a Serafim Leite abraçou prontamente”, não se quedou pela exposição. Ainda no seu âmbito, o biólogo e botânico Jorge Paiva apresentou, no passado dia 28, uma palestra subordinada ao tema “As plantas na obra poética de Luís de Camões (épica e lírica)”, a que assistiram alunos de várias turmas da EBS Dr. Serafim Leite (10.º A, B e C; 11.º A e B; 12.º A), adianta texto da autoria de Celestino Pinheiro e Dina Sarabando enviado ao labor.
Segundo a mesma fonte, os estudantes “puderam, assim, ficar a conhecer a forma como Camões integrou, na épica e na lírica, o maravilhoso mundo da botânica”. E “mais do que isso, alunos e professores conseguiram ‘ver’ para além das sábias palavras do génio lusitano”.
“Começando por apresentar uma ‘biografia alternativa’ de Luís de Camões, bastante diferente daquela que foi traçada por diversos biógrafos ao longo dos séculos e, particularmente, da efabulada pelo Romantismo, no século XIX, e continuada no século XX, Jorge Paiva fez-nos, seguidamente, mergulhar no oceano das plantas que povoam a obra camoniana”, refere a nota informativa recebida pelo nosso jornal.
Falamos de um mundo botânico bem presente na obra camoniana para o qual Garcia de Orta, grande médico e botânico português com quem Camões conviveu em Goa, muito terá contribuído, acrescentam CelestinoPinheiro e Dina Sarabando.
No final, os alunos ainda puderam dialogar com os dois convidados de honra, Levi Guerra e Jorge Paiva, chegando-se à conclusão que “a obra de Camões é uma espécie de ‘poço sem fundo’, onde podemos encontrar, continuamente, passe o tempo que passar, tesouros da mais variada espécie, desde que nos disponhamos a procurá-los, como fez Jorge Paiva”.
