Iniciativa tem tudo para continuar porque partilha da mesma “essência deste festival em provocar a surpresa com a poesia”, concluiu Mariana Amorim, em nome do grupo “Voz Atrevida” da CERCI, ao labor
A 17.ª edição da Poesia à Mesa está a marcar ainda mais a diferença com a declamação de poesia no Centro de Saúde, TUS e Mercado.
O labor acompanhou a primeira iniciativa Poesia no Autocarro que contou com a participação do grupo “Voz Atrevida” da CERCI de S. João da Madeira a declamar e a interpretar de forma extremamente expressiva os poemas de Sidónio Muralha, um dos poetas homenageados nesta edição, durante a manhã do dia 19 de março na Linha Verde do TUS.
As reações das pessoas que entravam e saíam do autocarro sempre que havia uma declamação foram das mais variadas, consoante a personalidade de cada um, mas todas elas positivas.
Quando estávamos na paragem com o grupo “Voz Atrevida” à espera do TUS, encontrámos Lizete Gomes que ali estava porque tinha de ir ao centro e em vez de apanhar o autocarro das 10h40 decidiu apanhar o das 10h24 para que pudesse assistir à iniciativa Poesia no Autocarro, o que demonstra que esta sanjoanense é uma das presenças assíduas nas iniciativas da Poesia à Mesa.
“Comecei a dizer poesia com o José Fanha (um dos comissários do evento) há 14 anos”. Desde então, “todos os anos tenho participado”, contou Lizete Gomes, que também é aluna da Universidade Sénior, durante a conversa com o labor.
A participação ativa desta sanjoanense na Poesia à Mesa está intrinsecamente relacionada com a sua admiração por esta forma de arte que é servida ao longo de março um pouco por toda a cidade de S. João da Madeira. “Gosto de poesia, escrevo poesia e tenho um livro de poemas (Braçadas de Poesia, publicado em 2010)”, revelou Lizete Gomes ao labor.
Esta sanjoanense tem “muitos mais” poemas do que estão publicados no seu livro de poesia e é uma das participantes assíduas no concurso Poesia na Corda promovido pela Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo e pela Associação de Jovens Ecos Urbanos durante a Campanha da Poesia à Mesa.
Já a “Voz Atrevida” tinha declamado alguns poemas de Sidónio Muralha quando decidimos ir ao encontro de Raúl Rocha que estava num dos bancos do TUS. “Acho que é uma boa iniciativa e que devia de continuar”, seja no autocarro ou noutros locais”, considerou este sanjoanense, que não sabia que ia ter direito a Poesia no Autocarro, ao labor.
Após esta “primeira vez” e esta “primeira experiência” a declamar poesia num autocarro, “creio que quer da parte deles (passageiros), quer da nossa (grupo “Voz Atrevida”) existiu uma facilidade de adaptação” a este momento da Poesia à Mesa, considerou Mariana Amorim, psicóloga na CERCI, em nome do grupo. A iniciativa Poesia no Autocarro tem tudo para continuar nas próximas edições da Poesia à Mesa porque partilha da mesma “essência deste festival em provocar a surpresa com a poesia”, concluiu Mariana Amorim ao labor.
“Poesia no autocarro” continua com a Universidade Sénior
Os alunos da Universidade Sénior são os poetas que vão declamar poemas de Almeida Garret ao longo da viagem marcada para hoje, dia 21 de março, pelas 14h00, na Linha Verde do TUS.