Em mais uma Peregrinação Poética

 

Movidos pelo gosto pela poesia, dezenas de peregrinos saíram à rua esta última sexta-feira para mais uma Peregrinação Poética. Este ano, além do bom tempo a convidar um serão fora de casa, a iniciativa integrada na Campanha Poesia à Mesa, organizada pelo Município, contou com a voz inconfundível de Adolfo Luxúria Canibal.

Como já seria de esperar, o conhecido vocalista dos Mão Morta deixou rendido quem o escutou, ao longo das seis estações poéticas, a declamar poemas dos poetas homenageados nesta 17.ª edição Sidónio Muralha, Ondjaki, Almeida Garrett, Adília Lopes, Ana Paula Inácio e Carlos Tê.

Nota também para as declamações dos dois comissários Paulo Condessa e José Fanha e de todos os outros que participaram na Peregrinação Poética de 2019, que começou onde acabou, ou seja, na Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo. E nem a “falta de luz”, mencionada por Paulo Condessa já no final do percurso, tirou brilho a este momento alto da programação da Poesia à Mesa.

Entre os grupos participantes, estiveram a CERCI (“Voz Atrevida”), Associação de Jovens Ecos Urbanos (Oficina de Artistas), Universidade Sénior do Rotary Club, TOJ – Grupo de Teatro do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, APROJ – Associação de Promoção da Juventude e Associação Cultural Luís Lima e Fugas Poéticas.

“Pessoas já tratam a poesia ‘tu cá, tu lá’”

Não era a primeira vez que Adolfo Luxúria Canibal estava em S. João da Madeira (SJM). O músico veio à cidade, também para participar na Poesia à Mesa, “para aí em 2012” com o “Estilhaços”.

Passados anos, voltou a SJM e gostou do que viu. “Nota-se que a iniciativa já está entranhada, que as pessoas já tratam a poesia ‘tu cá, tu lá’”, disse em exclusivo ao labor, acrescentando que houve, de facto, “uma evolução”.

“Fico muito admirado por estar tanta gente, atraída pela poesia, e pela participação de diversos grupos locais. Acho muito interessante”, reforçou a ideia.

Ainda em declarações ao nosso jornal, Adolfo Luxúria Canibal contou que gosta e tem por hábito ler poesia. Aliás, conforme referiu, “costumo participar, de vez em quando, nas ‘Quintas de Leitura’, no Porto, no Teatro do Campo Alegre, que tem programas mensais dedicadas à poesia e outras atividades”.

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