Cabeça de lista do PS às europeias esteve em S. João da Madeira esta última sexta-feira ao final da tarde

Vindo do concelho vizinho de Oliveira de Azeméis, onde visitou o Grupo Simoldes, Pedro Marques fez um intervalo em S. João da Madeira (SJM) antes de ir jantar a Santa Maria da Feira (SMF) juntamente com o secretário-geral António Costa e outros socialistas.

Na “Cidade do Labor” e na companhia dos presidentes da Federação Distrital de Aveiro e da Comissão Política Concelhia, respetivamente, Jorge Sequeira e Rodolfo Andrade, o candidato do Partido Socialista (PS) às próximas eleições para o Parlamento Europeu marcadas para 26 de maio falou com responsáveis de alguns dos 30 projetos instalados na incubadora da Oliva Creative Factory (OCF). E ainda antes de seguir para SMF respondeu às questões das jornalistas que o acompanharam nesta breve visita à OCF.

Para Pedro Marques, “a Oliva é um exemplo extraordinário de como a Europa faz diferença nas nossas vidas”. “Aqui reganhou-se cidade, construiu-se cidade”, sublinhou o cabeça de lista socialista, fazendo questão ainda de “assinalar a forma como este concelho ganhou dinâmica e a forma como a Europa está presente nesse momento e nesse virar de página de um espaço que tinha encerrado” e que “agora é um espaço de futuro, de criação de emprego”. “Foram aqui criados 120 postos de trabalho, “aqui fez-se cidade!”, reforçou a ideia.

Equipa de Pedro Marques quer “fazer na Europa o que fizemos bem em Portugal”

Pedro Marques não tem dúvidas quanto ao facto de encabeçar uma lista que marca a diferença em relação às demais concorrentes. Para começar, “somos a lista que representa o partido mais europeísta de todos”. Segundo disse em SJM o antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, “o PS é, de longe, o partido mais europeísta de Portugal”, estando “associado a todos os grandes marcos da adesão de Portugal ao projeto europeu, a todos os grandes avanços no projeto europeu”.

Além do mais, “apresentamos uma equipa com capacidade de fazer coisas, com capacidade executiva”. “Somos mais especialistas em fazer do que em falar. Escrever discursos e artigos de jornal e ‘sound bites’ [comentários políticos] não são o nosso campo”, referiu em jeito de crítica aos adversários “laranja”.

“Somos uma equipa muito jovem, com muitas competências diversificadas e paritária a sério. Não há homens a ultrapassarem mulheres nem vice-versa para estarem em lugares elegíveis”, assegurou Pedro Marques, garantindo que o grupo que lidera “transporta bem para a candidatura aquilo que é o nosso principal objetivo: fazer na Europa o que fizemos bem em Portugal”.

A candidatura socialista às europeias defende “um novo contrato social na Europa”. Ou seja, é de opinião que “a governação europeia tem de se reaproximar das classes médias, tem de voltar a governar para as classes médias e para os jovens”.

“Desde a criação do euro os países afastaram-se em vez de convergirem (…). As desigualdades cresceram em praticamente todos os países da União Europeia [UE]” e isso, na ótica de Pedro Marques, “foi talvez o maior pasto ou a maior gasolina para essa tendência de crescimento dos populismos e dos extremismos”.

Mas “ao contrário do que aconteceu no resto da Europa”, “em Portugal, durante estes mais de três anos do Governo do PS, tivemos a felicidade de não deixar crescer esses populismos e a extrema direita”. E o ex-governamental acha que “isso aconteceu porque se governou para as pessoas”, aumentando-se – conforme exemplificou – as pensões, o salário mínimo nacional e os abonos de família, reduzindo-se o IRS, devolvendo-se “os rendimentos que tinham sido cortados anteriormente”, criando-se 350 mil empregos e contribuindo para a saída de 180 mil pessoas da situação de pobreza.

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“Não queremos ganhar por poucochinho”, deixou claro o jovem político, acreditando que “temos condições para ganhar de forma clara porque entregámos bons resultados aos portugueses e porque o nosso projeto político para a Europa tem tudo a ver com o que fizemos em Portugal”. “Um bom resultado é [na sua opinião] ganhar de forma clara!”.

Pedro Marques recordou “que “os candidatos da direita aqui em Portugal repetem-se, já há 15 anos no Parlamento Europeu, e foram os que aplaudiram o Governo de Passos Coelho quando andou naquela sucessão de cortes e no ir além da troika”. Na sua perspetiva, por esta e por outras razões, “as pessoas têm de votar no PS, porque se voltarmos para os cortes e sanções, provavelmente, os tais populismos e nacionalismos podem também ter espaço em Portugal”.

“Será um grande resultado para a democracia portuguesa e europeia se conseguirmos reduzir a abstenção”, sobretudo a dos jovens, o que só será possível “se falarmos com as pessoas e passar a mensagem, inclusive através dos media cujo “papel é essencial”.  E isto, “para não acontecer o que aconteceu com o Brexit, em que, em termos relativos, os jovens britânicos foram os que menos votaram e eram os que mais eram a favor da permanência na União Europeia”.

“Escolher não escolher, escolher não votar, pode levar a que no dia a seguir esteja lá com mais força a direita dos cortes e sanções. Portanto, as pessoas têm mesmo de escolher”, defendeu Pedro Marques.

Dirigindo-se aos sanjoanenses em particular, o candidato mencionou que “o mais importante é que compreendam o quanto a Europa faz diferença nas suas vidas. Normalmente achamos que a Europa é uma coisa muito distante e toma decisões que nos são muito distantes. Mas, de facto, este espaço [OCF] é um bom exemplo e há várias empresas aqui à volta, apoiadas por fundos comunitários, que também são bons exemplos”. “A competividade de S. João da Madeira e da região é apoiada pelos fundos europeus”, lembrou, pedindo, uma vez mais, “às pessoas que compreendam a importância da Europa e que votem nestas eleições”.

Alinhando pelo mesmo diapasão, Jorge Sequeira chamou a atenção para que “a Europa está absolutamente presente nas nossas vidas” e “para que estas eleições são vitais”. Basta lembrar a Casa da Criatividade, a OCF, alguns espaços desportivos, a empreitada da “Cidade Inclusiva” e a própria Praça Luís Ribeiro, todas obras financiadas por dinheiro da UE.

No sábado seguinte Pedro Marques esteve em Felgueiras e no domingo passou pelos distritos de Braga e Bragança. A SJM ainda não sabe se voltará em campanha eleitoral, mas ao distrito de Aveiro já é certo que regressa. Não fosse esta região uma das mais competitivas do país graças à Europa e aos seus fundos.

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