As mudanças climáticas têm sido um problema partilhado por todo o Mundo. Embora os especialistas já tenham alcançado um consenso sobre os objetivos a atingir, estes exigem um maior apoio da sociedade do que aquele que existe até ao momento.
A Primeira Revolução Industrial, com a queima de combustíveis fósseis, deu início às mudanças climáticas, que têm produzido níveis crescentes de dióxido de carbono desde então. O clima já se deteriorou a tal ponto que se tornou dispendioso para a sociedade e até perigoso para a vida: a violência dos furacões, as inundações severas e os períodos de seca extrema. A qualidade do ar está a deteriorar-se manifestamente em todo o mundo. E o aumento do nível médio das águas do mar ameaça muitas cidades de baixa altitude.
A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável entrou em vigor em 2016, após a sua aprovação na Cimeira da Organização das Nações Unidas a 25 de setembro de 2015. Composta por cinco áreas temáticas, os 5 P’s – Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias – com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) espalhados por essas temáticas, visa a erradicação da pobreza e o desenvolvimento económico, social e ambiental à escala global até 2030. Portugal aceitou o desafio, e as suas prioridades são: Educação de Qualidade, Igualdade de Género, Indústria, Inovação e Infraestruturas, Reduzir as Desigualdades, Ação Climática e Proteger a Vida Marinha.
Portugal antecipou-se à União Europeia e a partir de julho de 2020, a venda de palhinhas, pratos, talheres, copos e cotonetes de plástico vai ser proibida. No entanto, a ilha italiana de Capri já não quer esperar mais e vai proibir, a partir de 15 de maio de 2019, plásticos de uso único e não biodegradáveis, segundo uma lei municipal aprovada. A guerra ao plástico está instalada, mas é preciso refletir que o que faltou até hoje foi responsabilidade e mudança de comportamentos de cada um. Só 38% dos resíduos urbanos gerados em Portugal são reciclados. A diretiva da união europeia para os resíduos estabelece que em 2020 cada Estado membro deve atingir uma taxa de reciclagem de 50%. Portugal produz em média 484 kg de lixo por habitante por ano. É necessária mais reciclagem e menos lixo.
- João da Madeira encontra-se na linha da frente e tomou a iniciativa de utilizar copos biodegradáveis de cana de açúcar no Carnaval das Escolas, uma solução consciente e amiga do ambiente, evitando o consumo de, pelo menos, 1.600 garrafas de plástico. Outras boas práticas ambientais passam pela utilização de papel reciclado em edifícios municipais, organização de “Eco-Eventos”, em que são excluídos os utensílios de plásticos de utilização única e descartáveis (pratos, talheres, palhinhas, garrafas de plástico, entre outros), e promoção de “Domingos Verdes” que sensibilizam a população para a necessidade de mudança de comportamentos em relação à mobilidade urbana, nomeadamente, ao uso excessivo do automóvel. Esta sensibilização tão importante para a Humanidade, também deu centralidade a um encontro familiar e divertido zelando pelo ambiente. O Município vai lançar ainda a atribuição de 1.600 ecopontos domésticos e a concretização de um programa piloto para testar a aplicação de um sistema poluidor-pagador, que permitirá a quem produz menos lixo pagar menos pelo serviço.
Cada Município, Região e País vão ter que se unir em prol do Ambiente. A sociedade terá de ser cada vez mais responsável e apta a defender os interesses de um meio ambiente sustentável, que é de todos e para todos.