Na passada quinta-feira, dia 2 de maio, no auditório do Agrupamento de Escolas João da Silva Correia (AEJSC) decorreu um debate denominado “Nós, a Europa e a Democracia” organizado pela professora Isabel Gomes juntamente com a ajuda das professoras Gisela Lopes e Goretti Conde e dos alunos pertencentes ao Clube Europeu (2018-2019), que contou com a presença dos deputados candidatos ao Parlamento Europeu 2019 José Guilherme Gusmão, Ana Miguel Santos e o João Albuquerque.

Este debate teve início com uma das questões mais atuais e importantes para a sociedade atual, “O que posso fazer para assegurar a democracia no meu país e na Europa?”, respondida pelos três deputados presentes de formas bastante interessantes. O Dr. João Albuquerque salientou e relembrou todos os alunos presentes da grande ameaça presente nas eleições devido à existência de dois blocos com ideologias completamente distintas e as consequências que isso implica para todos nós caso o bloco nacionalista e antieuropeísta vença. Esta perspetiva foi reforçada pelo Dr. José Gusmão que adicionou ainda a importância de dar mais centralidade ao Parlamento Europeu. A Dr.ª Ana Miguel Santos, por outro lado, abordou “A democracia é a diversidade”, afirmando que todos queremos alcançar o mesmo e apenas o fazemos de formas diferentes e que ninguém quer abdicar da sua soberania e diversidade, continuando ainda a defender que a integração deve ser feita sob o olhar daquilo que nos une e não do que nos separa, segundo a nota de imprensa enviada pelo AEJSC.

Além disso, “os alunos tiveram ainda o privilégio de ouvir o porquê de ser tão importante votar, sendo alguns dos motivos mencionados pelos convidados: a necessidade, por parte dos políticos, de adequarem o seu discurso ao seu público mais jovem tentando entender melhor as suas necessidades e respondendo às mesmas; a importância de mudarmos a ideia de que o nosso voto não muda nada uma vez que, usando como exemplo as greves climáticas organizadas maioritariamente pela população de menor idade, o Dr. José Gusmão explicou que cada ato levado a efeito pode ser visto à escala global e chegar a pessoas com um maior poder para ajudar na mudança. O mesmo deputado salientou o facto de que as decisões que vão determinar o país onde vamos e queremos viver serão assumidas por gente que tomará essas decisões independentemente da nossa participação”, lê-se na nota de imprensa, sobre este debate em que “houve também a possibilidade dos alunos colocarem questões aos deputados que responderam a tudo o que lhes foi perguntado. Levantaram-se questões sobre o porquê de votar em um partido e não noutro e como tal partido poderia garantir determinados objetivos, conselhos para alguém que pense numa carreira política e a opinião sobre o porquê de haver, atualmente, uma taxa de abstenção tão grande nas eleições. Além disso, foi ainda discutida a possibilidade do voto aos dezasseis anos”.

O debate “serviu, de forma bastante eficaz, para sensibilizar os alunos sobre a importância do exercício de cidadania democrática e a consciência e seriedade necessárias quando abordamos assuntos como a sustentabilidade da democracia na Europa no futuro. Todos os alunos tiveram a oportunidade de perceber o quanto os seus atos são relevantes para a tomada de decisões superiores e consciencializarem-se sobre os seus deveres como cidadão europeus”, concluiu o AEJSC em comunicado enviado ao labor.

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