Quando, há cerca de dois meses, Luís Vargas anunciou, em reunião de direção, que não se iria recandidatar para mais um mandato à frente dos destinos da Associação Desportiva Sanjoanense, posição que entretanto alterou, Manuel Correia, que pertence aos atuais órgãos sociais do clube alvinegro, foi apontado como candidato. Com uma Assembleia Geral agendada para o próximo dia 20 de maio, sendo que um dos pontos passa pela abertura do processo eleitoral dos órgãos sociais para o próximo biénio (2019/2021), Manuel Correia formalizou, na passada segunda-feira, a candidatura numa iniciativa onde se apresentou acompanhado. “Convidei o Jorge Cortez para liderar a assembleia geral, o Luís Cambra para vice-presidente e o Sílvio Bulhosa para presidente do Conselho Fiscal”, começou por explicar Manuel Correia, sublinhando que a sua candidatura “não é contra ninguém nem a pedido de várias famílias”. “Surge por vontade própria e na defesa intransigente dos interesses e valores da nossa Sanjoanense”, explicou o candidato, assegurando que pretende “o máximo de transparência”.

Com Luís Vargas à frente dos destinos do clube desde 2011, Manuel Correia admite que tem havido, por parte do atual dirigente, “um trabalho razoável na tentativa de baixar o débito”, no entanto, o candidato sublinha que o passivo “ainda se situa nos 450 mil euros”. “É necessário reduzir as despesas e é preciso arranjar investidores e iniciativas que tragam retorno financeiro. Isso não tem sido feito. Temos de ir para a rua, e ir ter com as pessoas e sócios”, refere.

Com uma candidatura que tem como lema “A hora é de mudança”, Manuel Correia assegura que caso seja eleito vai “tentar gerir com transparência, credibilidade e mística” e daí partir para um projeto assente “na mudança do estilo e na maneira de atuar”. “Embora a redução do passivo seja uma realidade, uma das minhas prioridades é dar continuidade à redução da dívida”, garante o candidato. E é sob o lema “mudança” que Manuel Correia assegura que vai “abdicar do ordenado de presidente” e assumir funções com uma “dinâmica ativa e participativa com todas as modalidades nas suas iniciativas”.

Combater o “desinteresse e alheamento dos sanjoanenses relativamente à vida do clube”, é outra das mudanças que Manuel Correia diz pretender implementar, tal como alterar a data das eleições e de apresentação de contas e criar a loja do clube. “Quero empenhar-me na valorização do património da Sanjoanense”, frisa o candidato, revelando ter um projeto para os balneários do Pavilhão de Desportos e da importância da claque para o clube. “ A Força Negra tem de ser acarinhada”, refere Manuel Correia, que se mostra confiante que irá assumir um “projeto coletivo e de uma família chamada Sanjoanense”.

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