Os alunos de Biologia do 10.º, 11.º e 12.º A da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim leite, conduzidos por Rui Magalhães, professor e investigador da escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto (UCP), partiram em busca do(s) culpado(s) naquilo que poderia ter sido “um episódio digno de uma série televisiva ao estilo CSI – S. João da Madeira”, descreveu o gabinete de comunicação deste agrupamento de escolas em comunicado enviado ao labor.

De acordo com o caso, “no espaço de uma semana, dezenas de pessoas dirigiram-se a vários hospitais com sintomas de intoxicação alimentar grave: 43 ficaram internadas e, destas, 13 morreram. As investigações iniciais indicaram que a maioria dos indivíduos tinha consumido alguns alimentos em comum. O que terá acontecido? Como poderá este caso ser resolvido?”.
O investigador e os alunos iniciaram uma investigação científica para encontrar o criminoso. “Traçando as etapas da investigação, planificando cenários de eventuais culpados, avançando hipóteses, descartando suspeitos, demarcando cenários do crime e modus operandi do criminoso, registando os aspetos comuns das vítimas e articulando o trabalho com outras instituições, a investigação chegou a bom porto. O culpado foi encontrado! Ou melhor, a criminosa – a bactéria Listeria, capaz de provocar uma infeção, a listeriose, que foi a responsável pela contaminação de alimentos ingeridos, nomeadamente queijo fresco, que afetou os 43 indivíduos, provocando a morte a 13 deles”, deu a saber o gabinete de comunicação da Serafim Leite, explicando que “a investigação científica se baseou essencialmente no estudo comparativo das moléculas de DNA das bactérias encontradas em vários alimentos” e que “este estudo exigiu a técnica laboratorial de DNA Fingerprinting”. Ao longo desta investigação “refletiu-se sobre a importância da comunicação em ciência”, indicou o agrupamento.
Esta foi mais uma atividade do programa Cientificamente Provável que é uma iniciativa conjunta da secretaria de Estado da Educação, através da Rede de Bibliotecas Escolares, e da secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, cujos objetivos são promover o conhecimento e enriquecer o percurso formativo dos alunos, estreitando a relação entre as instituições de ensino superior e as escolas básicas e secundárias, tendo como interlocutora a biblioteca escolar, segundo o comunicado enviado ao labor.
A iniciativa terminou com os alunos, os professores e a biblioteca escolar a agradecerem a Rui Magalhães e à Escola Superior de Biotecnologia da UCP por toda a experiência.

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