Futuro do Festival do Chapéu depende do apoio de mais parceiros
Para além do financiamento municipal, a continuidadedo Hat Weekenddepende do apoio de patrocinadores. Ao fim de três edições financiadas por fundos comunitários, duas das quais realizadas nos últimos dois anos, o Festival do Chapéu é já “uma marca” da cidade de S. João da Madeira (SJM) que o Município não quer perder. E, por isso mesmo, “vamos fazer um esforço” para que “não passem mais 10 anos sem que o festival aconteça [como sucedeu no passado]”, garantiu Jorge Sequeira ao labor.
Em declarações exclusivas ao nosso jornal, o presidente da câmara afirmou que é vontade deste executivo continuar com o Hat Weekend e, nesse sentido, apelou para que mais parceiros se associem a esta homenagem que é prestada à indústria chapeleira. Até porque o “futuro” do evento está dependente disso mesmo, como referiu ao labor.
Festival do Chapéu 2019 “foi um grande êxito”
Ainda nesta conversa com o nosso semanário, o autarca referiu-se ao Festival do Chapéu 2019 como “um grande êxito”. “É, para nós, evidente que se consolidou a marca, que o festival foi apropriado pelas pessoas, coletividades, comércio local e que conseguiu, pela difusão que teve em vários órgãos de comunicação social, projetar o nome de S. João da Madeira”, disse Jorge Sequeira, destacando, de seguida, o facto de este ser “um festival com tema [“o tema do chapéu e da nossa história industrial”, o que “lhe confere valor”, e “um festival de família”].
Recorde-se que – como já foi noticiado pelo labor em edições anteriores – ao longo de três dias, de 19 a 21 de julho, a cidade sanjoanense acolheu dezenas de propostas para todos os públicos que, da música à performance ou das artes visuais à magia, atualizaram a história daquele que é o símbolo máximo de SJM: o chapéu.
Este ano, para além do alargamento do horário de funcionamento, a extensão do evento a outros locais de SJM foi também uma das novidades. Instalações criadas por diferentes comunidades locais, residências artísticas construídas por artistas urbanos e ilustradores com o envolvimento da população, exposições urbanas, espetáculos e performances de magia, teatro, dança, música e circo de rua, performances imersivas e animação de rua, arruadas e cinema ocuparam as ruas de S. João da Madeira, tendo como focos centrais a Praça Luís Ribeiro e o Museu da Chapelaria. Também o Centro Comercial 8ª Avenida se juntou a esta grande festa organizada pelo Município.
A nível da programação, destacaram-se o Labirinto Sensorial – Fundição de Memórias II, da Associação de Jovens Ecos Urbanos, o mural de Jonathan Calugi criado no âmbito do Circuito de Arte Urbana, os espetáculos do mágico Mário Daniel, “Lúmen – Uma História de Amor”, do coletivo Ondamarela, o Cinematógrafo, entre outras atrações.
Município assegurou transporte a pessoas com mobilidade reduzida
O pedido havia sido feito na reunião de câmara de 9 de julho por Paulo Bacalhau, o mesmo munícipe que esta última terça feira veio agradecer, também em sede de executivo municipal, à autarquia por esta o ter ouvido em especial á vereadora Paula Gaio
Sensibilizado com o facto de haver cidadãos com mobilidade reduzida, de fora da cidade, impossibilitados de vir ao Hat Weekend por falta de transporte adaptado, o Município, através da sua Divisão de Ação Social, “proporcionou, em articulação com a Santa Casa da Misericórdia, gratuitamente esse transporte”. Em declarações exclusivas ao labor, a edilidade adiantou, anteontem, que “recorreram [ao referido transporte] três cidadãos com mobilidade reduzida, tendo outros marcado presença no evento por meios próprios, na sequência dos contactos efetuados, neste âmbito, pela autarquia”.
Ainda a propósito, o presidente Jorge Sequeira fez questão de agradecer, na reunião de câmara desta semana, “a colaboração imediata da Santa Casa da Misericórdia”. E por falar em Jorge Sequeira, Paulo Bacalhau desafiou-o a encontrar, junto do Governo, “uma solução” para o problema da quase inexistência de transportes adaptados com que ele e outros como ele, igualmente portadores de deficiência, se deparam no dia-a-dia.