A exposição com as ilustrações dos finalistas é um dos momentos tradicionais do Encontro Internacional de Ilustração. E nesta 12.ª edição, à semelhança da anterior, os 25 finalistas, responsáveis pela criação de duas ilustrações cada um, voltam a ter as suas 50 obras, desta vez sobre o tema “tempo”, patentes na Torre da Oliva.
Para além desta exposição, os visitantes podem visitar outras duas. Uma com ilustrações de Cláudia Guerreiro, a vencedora da 11.ª edição do Encontro Internacional de Ilustração. E outra com obras da instituição convidada desta edição que é a Associação Galega de Profissionais da Ilustração (AGPI) em representação da FADIP que é a entidade que agrupa todas as associações de ilustradores profissionais de Espanha.
Apesar de o Encontro Internacional de Ilustração realizar-se apenas de 17 a 21 de outubro, estas exposições foram inauguradas quase um mês antes, dia 19 de setembro, para que a comunidade em geral tivesse mais tempo para visitá-las.
Até ao momento a junta de freguesia já tem “cerca de 10 visitas guiadas agendadas por parte das escolas”, adiantou a presidente Helena Couto.
Logo à entrada os visitantes encontram a evolução das imagens gráficas dos 12 encontros de ilustração. A partir da 10ª edição, a imagem gráfica passa a ser da autoria de ilustradores portugueses, mencionou a presidente da junta de freguesia, promotora do evento, que tem contado com o apoio do Município e de muitas empresas, e a quem não poupou nos agradecimentos.
“Play” versus “Pause”
Ao longo da visita guiada pelas três exposições feita por Helena Couto, destacamos o momento em que desafiou Mariana Mattos a explicar as suas ilustrações sobre o tempo.
A ilustradora inspirou-se na mitologia grega, mais especificamente em “Cronos” que é considerado o “deus do Tempo”, para criar uma ilustração que simboliza o “play” e a outra o “pause”.
Por um lado, na ilustração com o “play” podemos ver “o balão a passar” que é como quem diz “o tempo a passar”. Por outro, na ilustração com o “pause” temos duas janelas em que uma delas significa o tempo que perdemos enquanto nos “matamos a trabalhar” e em que a outra contém uma abelha no seu interior, uma espécie ameaçada que está a morrer e que poderá levar à perda de um outro tipo de “tempo”, o da vida humana, o do nosso planeta, interpretou o labor com base na explicação de Maria Mattos.
Esta é apenas uma das 25 histórias ilustradas por 13 ilustradores portugueses, sete espanhóis, dois argentinos e um mexicanoque podem ser visitadas e interpretadas por cada um dos visitantes na Torre da Oliva.