Já no próximo ano
Passados sete dias após ter dado uma conferência de imprensa na estação ferroviária de S. João da Madeira (SJM), onde defendeu a requalificação integral da Linha do Vale do Vouga, a campanha do Bloco de Esquerda (BE) voltou ao concelho para, desta vez, “sentir o pulso” aos trabalhadores de várias empresas, inclusive da Faurecia, como avança nota informativa enviada ao labor.
Moisés Ferreira, o candidato “número um” pelo círculo eleitoral de Aveiro às legislativas do próximo domingo, marcou presença numa distribuição de jornais com propostas para a área do trabalho. De entre estas, conforme refere o comunicado deste partido de esquerda, destacam-se o aumento do salário mínimo nacional para 650 euros já em 2020 e depois disso em, pelo menos, 5% ao ano, o relançamento da contratação coletiva, o combate à precariedade e à instabilidade dos vínculos laborais, assim como a criação de uma lei que proteja os trabalhadores por turnos, reforçando os seus direitos.
A propósito, o cabeça de lista recordou, nesta ação de rua de SJM, que “durante a última legislatura [só] foi possível aumentar o salário mínimo nacional em 20%, de 505 para 600 euros”, “porque o Bloco de Esquerda colocou essa condição como essencial para a viabilização de um Governo do PS”. Daí, agora, o apelo ao voto no BE: “para fazer avançar medidas que são decisivas para os trabalhadores é importante que não haja maiorias absolutas e que o Bloco se reforce ainda mais”
Bloquistas querem ainda alargar as 35 horas semanais para o privado
Na próxima legislatura, o Bloco de Esquerda pretende também o reforço da contratação coletiva e o combate à precariedade e à instabilidade no trabalho. E, nesse sentido, defende, como disse Moisés Ferreira, que “é preciso criar uma regra que é simples e lógica: para uma necessidade permanente, deve corresponder um vínculo de trabalho permanente. Situações de contratos temporários, outsourcing ou outras formas de precariedade devem ficar limitadas a situações excecionais, como substituição temporária de trabalhadores ou para fazer face a um aumento da produção”.
Os bloquistas querem ainda alargar as 35 horas semanais para o privado e garantir mais direitos a quem trabalha por turnos, nomeadamente através da consagração legal da obrigatoriedade de subsídio de turnos, da definição de pausas e tempos de descanso e de fins de semana, da majoração dos dias de férias para estes trabalhadores e do direito à reforma antecipada sem penalização em proporção do tempo que se trabalhou por turnos.