Com o contributo do Município, de doações e de fundos da Associação Humanitária

Os Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira receberam duas novas ambulâncias, depois de terem sido abençoadas pelo Padre Álvaro Rocha, no Dia Municipal do Bombeiro assinalado ao longo de sábado passado, 26 de outubro, um pouco por toda a cidade.

A duas ambulâncias foram compradas sem financiamento graças ao contributo do Município e da Associação Humanitária dos Bombeiros de S. João da Madeira.

Uma delas foi comprada através do Orçamento Participativo Municipal depois da proposta para a compra de uma ambulância para os bombeiros no valor de 69.998,16 euros, apresentada pela Associação Humanitária, ter vencido a edição de 2018. O custo da outra ambulância, com o mesmo valor, foi suportada em 50 mil euros pelo orçamento do Município e os restantes 19.998,16 por doações angariadas junto de “amigos dos bombeiros” e por “alguns fundos próprios” da Associação Humanitária, informou o seu presidente Carlos Coelho.

Estas duas novas ambulâncias vão substituir outras com muitos quilómetros e em fim de vida. “Para nós é uma grande satisfação sentir que o trabalho desenvolvido na proteção das pessoas e bens é reconhecido pela autarquia” e o “contacto com a população é muito importante porque temos decrescido no número de sócios”, indicou Carlos Coelho, explicando que uma grande parte dos associados tem uma idade elevada e à medida que vão falecendo não tem sido possível atrair o mesmo número de novos sócios.  Por isso, “precisamos crescer em número de associados para manter a funcionalidade dos bombeiros”, assumiu o presidente da Associação Humanitária, adiantando que nesse sentido vai ser levada a cabo uma campanha de angariação de sócios em 2020.

A palavra de ordem é renovação

Para o comandante Normando Oliveira é “sempre importante a capacidade de renovar a frota, mas o mais importante é o conforto e a segurança dos doentes e dos bombeiros”.

Antes de Carlos Coelho ter mencionado a importância da renovação dos sócios da Associação Humanitária, o comandante Normando Oliveira já tinha indicado que entre as maiores necessidades da corporação de bombeiros sanjoanenses está a renovação dos recursos humanos. A prova disso está no facto da corporação ser constituída por 77 homens em que a maioria está na casa dos 50 anos. “A maturidade e a experiência contam muito, mas é preciso a renovação”, indicou Normando Oliveira. “Há meia dúzia de anos conseguíamos renovar os que saiam com os que entravam”, mas atualmente “há uma dificuldade maior em fazer isso” devido a inúmeras razões como a exigência de “formação mais intensificada”, “as alterações sociais significativas em que as pessoas não têm tempo”, entre outras, considerou o comandante. “Gostava e precisamos de juventude”, mas é preciso “algo que incentive a juventude a ser participativa”, assumiu Normando Oliveira.

Equipamentos recentemente adquiridos fundamentais para o combate a incêndio em empresa

A compra destas duas ambulâncias representa “um esforço no orçamento municipal” de cerca de 120 mil euros por parte do Município e resulta de um conjunto de vontades. Por um lado, através da concretização do Orçamento Participativo em que os projetos vencedores são escolhidos pela “vontade dos populares”. Por outro, através da “vontade” da câmara municipal em “suprimir as necessidades dos bombeiros”, afirmou o presidente Jorge Sequeira, aproveitando o momento para relembrar à comunicação social outras ações do Município em prol dos Bombeiros Voluntários sanjoanenses. Entre elas a atribuição de um subsídio extraordinário de 20.571 euros, com o qual a Associação Humanitária dos Bombeiros comprou um novo compressor de alta pressão para ar respirável que está instalado no quartel operacional na Zona Industrial das Travessas. Um equipamento que veio a ter um papel fundamental na resposta dos bombeiros ao incêndio numa empresa no dia 24 de outubro. “Se não existisse, os bombeiros não conseguiriam reabastecer as garrafas. Teriam de ir a outros quartéis ou ativar outras forças”, referiu Jorge Sequeira, destacando que qualquer um destes cenários levaria a uma “demora no socorro”. Trata-se de “um aparelho essencial ao enchimento de garrafas de ar comprimido dos equipamentos de proteção individual respiratória, imprescindíveis em intervenções que os bombeiros são chamados a realizar em ambientes poluídos por partículas, gases e vapores ou em que a taxa de oxigénio seja insuficiente”, que é “também utilizado no enchimento de almofadas de ar utilizadas no socorro a vítimas de acidentes de viação”, deu a conhecer o Município, aquando da apresentação da proposta de atribuição deste subsídio que foi aprovada unanimemente pelo PS e pela coligação CDS-PP em reunião de câmara realizada a 20 de novembro de 2018.

“A viver uma época de grande investimento municipal na Proteção Civil”

O autarca mencionou ainda a proposta de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s), apresentada por Carlos Coelho em nome da Associação Humanitária, que estava orçamentada em 69.632,05 euros, mas foi parcialmente executada com os 20 mil euros disponíveis por ter sido a segunda mais votada no Orçamento Participativo 2019. Com esta verba a Associação Humanitária conseguiu “comprar 13 equipamentos” que também estiveram “em ação no incêndio de dia 24”, disse Jorge Sequeira.

O presidente da câmara relembrou ainda “a decisão tomada no início do mandato” demanter a comparticipação para as Equipas de Intervenção Permanente (EIP´s) cujo compromisso tinha sido estabelecido em 2012, mas começou a ser cumprido em 2018 e a criação de um Regulamento Municipal de Atribuição de Benefícios Sociais aos Bombeiros, concluindo a sua intervenção com a certeza de que a cidade está “aviver uma época de grande investimento municipal na Proteção Civil com o reforço de meios e financeiros”.

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