Basta haver “vontade política”

 

À quinta edição o Gargalhão – Festival de Comédia de S. João da Madeira é já um caso sério de sucesso. Não é o maior, mas é já considerado “um dos melhores” e, “simultaneamente, o mais completo” do país. Pedro Neves disse ao labor que “há alguns festivais [em Portugal], mas com a regularidade e a crescerem” de ano para ano, como o seu, “não há”.

Só em 2018 o evento juntou cerca de 1.600 pessoas na Sala dos Fornos, 580 trabalhadores em fábricas, 130 utentes em instituições de terceira idade e 25 bombeiros no quartel.  Mas o objetivo é ir muito mais além.O “pai” do Gargalhão garantiu mesmo que “com 50 mil euros fazemos o melhor festival de comédia da Península Ibérica”, com direito a tudo o que já tem e ainda mais “performances de rua, espetáculos internacionais na Casa da Criatividade”, etc.. Basta apenas que haja “vontade política”.

Em 2019, o Gargalhão vai custar cerca de 32 mil euros, 22 mil do quais suportados pelo Município, que “é o principal patrocinador e fica com o dinheiro da bilheteira”. O restante é suportado por “patrocínios que completam o orçamento final e que permitem que se faça o festival fantástico que todos os anos fazemos”, como informou o mentor do festival de humor.

“É a cidade quem mais beneficia com o Gargalhão e o nosso Município tem gradualmente percebido isso”, sendo que o próximo passo de Pedro Neves é precisamente fazer perceber à autarquia que o Gargalhão tem tudo para se tornar “o melhor festival de comédia da Península Ibérica”. “Há muita comédia para além da stand up comedy”. E tanto é assim que “quero que o festival cresça na variedade de espetáculos, para mais públicos, em mais locais da cidade”, avançou o humorista.

Gargalhão traz os comediantes internacionais Gilmário Vemba e Victor Sarro à cidade

Há quase um ano, no rescaldo do Gargalhão de então, o humorista sanjoanense adiantou ao nosso jornal que daí para a frente seria “importante dar escala” ao Festival de Comédia de S. João da Madeira. E, realmente, não foi preciso esperar muito para tal acontecer.

“Após quatro edições com artistas nacionais, achamos que está na altura de dar dimensão internacional ao Gargalhão com a vinda de comediantes estrangeiros”, afirmou há dias Pedro Neves, referindo-se concretamente à participação de Gilmário Vemba e de Victor Sarro na edição deste ano. O primeiro, que é nada mais nada menos do que o melhor comediante de Angola, vai atuar, juntamente com o veterano Fernando Rocha, Serafim e Sofia Bernardo (a única mulher participante), na Sala dos Fornos da Oliva Creative Factory, no dia 22, a partir das 22h00. Já o segundo, que é um dos melhores do Brasil, sobe ao palco da mesma sala no sábado seguinte, também depois das 22h00, num espetáculo de que igualmente fazem parte Eduardo Madeira e Miguel 7 Estacas.  “Ambos são comediantes incríveis e com um tipo de humor que cai muito bem ao público português”, sendo esta, portanto, “uma oportunidade fantástica que damos para que conheçam outro tipo de humoristas que habitualmente não encontramos na nossa região”.

Ainda a propósito das noites de 22 e 23 de novembro, entre outras surpresas, e depois do vinho, da ginjinha e da cerveja nos anos anteriores, desta vez, há o Gelado Gargalhão, personalizado pelas Gelataria Bianco e que vai estar disponível durante a iniciativa.  Dando direito a uma visita gratuita ao Centro de Arte Oliva, os bilhetes estão à venda em www.bilheteiraonline.pt, Centro de Arte Oliva, Casa da Criatividade, Paços da Cultura, Torre da Oliva, entre outros locais. A “um preço ridiculamente baixo”, na opinião de Pedro Neves: 12,50 euros bilhete diário | 20 euros passe dois dias. Além de quem adquirir ingressos para o Gargalhão pode visitar o Centro de Arte Oliva gratuitamente, mediante a apresentação dos mesmos.

Em conversa com o labor, Pedro Neves contou que espera ter, “à semelhança dos últimos anos, casa cheia”, garantindo “duas noites muito divertidas, agradáveis, com espetáculos e cartazes de excelência”.

Hoje João Seabra e o Sidónio levam novos amigos às escolas básicas

Cumprindo a assumida responsabilidade social, o Gargalhão fez ontem, quarta-feira, pelo terceiro ano consecutivo, uma incursão por algumas fábricas da cidade. Não fosse Pedro Neves um acérrimo defensor que “pessoas felizes geram valor acrescentado”. Além disso, volta hoje às escolas do primeiro ciclo do ensino básico. Desta feita, João Seabra e o Sidónio, o seu companheiro de todas as horas, levam novos amigos, prometendo momentos muitos divertidos também com a interação do público de palmo e meio.

Nota ainda para a passagem do festival pelas instituições de terceira idade, CERCIe pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira.

Fnac disponibilizou-se para comunicar o festival

Prova de que o Gargalhão é já “um festival de dimensão nacional” é o facto de, nesta quinta edição, a Fnac se ter disponibilizado para o comunicar “junto de todos os seus meios de comunicação e influência”, bem como para “criar passatempos e promover o festival”. Esta é, para o humorista de S. João da Madeira, “uma marca muito forte, credível, com enorme implementação no nosso país”. Uma oportunidade única a não perder e que Pedro Neves não perdeu mesmo. Daí a apresentação do Gargalhão 2019 ter sido feita em duas sessões: uma na Fnac do GaiaShopping e outra na do NorteShopping, para as quais os órgãos de comunicação social, inclusive os sanjoanenses, foram convidados.

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