A entrada é gratuita para o concerto na Casa da Criatividade
Como surgiu a oportunidade de atuarem no Musicatos, desta vez, inserido no ciclo Novembro Jazz em S. João da Madeira?
A oportunidade surgiu a convite dos professores Alcides Paiva e Maria dos Anjos. No ano passado realizei um workshop de introdução à improvisação na Academia de Música de S. João da Madeira e face aos resultados dessa experiência surgiu este convite.
Quem compõe este grupo?
Ricardo Resende (trombone), Cátia Gonçalves (voz), Tonny Teixeira (guitarra), Pedro Maia (baixo) e Luís Inácio (bateria).
Qual a história da “littleband”?
A “littleband” nasceu em 2014 da vontade de quatro amigos que tinham em comum o gosto pela música e sentiam necessidade de partilhar esse mesmo gosto com o público.
O Jazz, o Soul e a Bossa Nova foram o mote inicial para que tudo acontecesse e logo nos primeiros ensaios percebemos um espírito de união que viria a marcar até hoje tudo o que fazemos em palco.Ao longo de todo este tempo temos tido colaborações com músicos, alguns deles com experiências de “palcos maiores”, o que nos tem ajudado a crescer como coletivo.
É a primeira vez que atuam em S. João da Madeira?
Sim, é a primeira vez que esta formação atua em S. João da Madeira. Eu já atuei diversas vezes em palcos sanjoanenses em contextos diversos.
Por onde têm atuado?
Temos tocado de Norte a Sul, maioritariamente em eventos privados, mas também mostrado o nosso trabalho em várias mostras culturais realizadas por municípios do nosso país.
Qual o repertório?
O repertório é variado, de acordo com a situação, mas incide sobretudo no Jazz, Soul e Bossa Nova.
Quais as expectativas para atuação na Casa da Criatividade?
As espectativas são boas. É uma nova experiência que esperamos que corra pelo melhor.
“Uma das experiências mais marcantes foi a de ser trombonista da Big Band do consagrado José Cid”
O Ricardo começou a aprender música aos oito anos. Por iniciativa própria ou de outrem?
Comecei aos oito anos por iniciativa própria. No entanto, desde cedo acompanhei o meu pai que tocava na banda filarmónica da terra e isso fez com que eu sentisse a vontade de também experimentar…
Qual a razão que o levou a escolher o trombone?
Bem, o que queria inicialmente era bateria. Depois como o meu objetivo era também entrar para a banda e já havia muitos percussionistas, acabei por experimentar o trompete, depois o saxofone e, por fim, o trombone de pistões. Foi este último com o qual mais me identifiquei e consegui aos poucos evoluir até que entrei para a Banda de Música de Arrifana. Aos 12 anos mudei para o trombone de varas que era aquele que mais me fascinava. Posteriormente encarei a música de maneira mais séria e ingressei no Conservatório de Música de Fornos, mais tarde na Escola Profissional de Música de Espinho e depois na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, no curso de Jazz.
Foi maestro titular da Banda de Música de S. João da Madeira e professor de trombone e eufónio na mesma instituição entre 2012 e 2015. Como foi esta experiência?
Foi uma experiência muito boa. A primeira experiência como maestro de uma banda de música foi sem dúvida enriquecedora em termos da criação de laços de amizade e penso que contribuí bastante para elevar a qualidade artística da banda naquela altura. Tínhamos um grupo de músicos muito coeso e unido e a banda era quase uma família. Agradeço a oportunidade que naquela altura me foi dada pelo senhor Adelino Calhau, por ter acreditado e apostado em mim para assumir aquele cargo, pois naquela altura nem acreditava ser capaz de fazer aquilo que acabei por conseguir.
Desde então teve ou tem mais alguma ligação a S. João da Madeira?
Não, a nível musical, não. Quem sabe um dia aparece essa oportunidade.
O Ricardo é músico freelancer, está ligado a vários projetos e é professor de trombone desde 2017. A música estará sempre presente na sua vida?
Sim, sou músico freelancer, formador e professor. Ao longo da minha vida como instrumentista tenho pisado vários palcos, em experiências diversas. Uma das mais marcantes foi a de ser trombonista da Big Band do consagrado José Cid.
Neste momento estou a terminar o mestrado em Trombone Jazz e dou aulas na JOBRA. Tem sido uma experiência muito boa e tenho tido a oportunidade de conviver com “senhores” da música. Não tenho a mínima dúvida que, seja de qual forma for, a música fará sempre parte da minha vida.
O que gostaria de alcançar no futuro profissional?
Gostaria de ter um cd editado com músicas minhas, de poder divulgar mais o Jazz através de workshops, de continuar a dar aulas no âmbito do Jazz, quer a nível do ensino profissional ou até mesmo superior e de ter um projeto de direção de Big Band, por exemplo.