O Trilho – Unidade de Apoio a Toxicodependentes e Seropositivos da Santa Casa da Misericórdia completou 20 anos de serviço em S. João da Madeira com uma cerimónia realizada dia 14 de novembro nos Paços da Cultura.

“A toxicodependência e a seropositividade são um problema muito complexo que deve de ser encarado com firmeza pelo Estado. Não somos o Estado, mas na nossa matriz estão as obras da Misericórdia que são ajudar as pessoas em maiores dificuldades”, afirmou o Provedor Pais Vieira.

Um dos projetos do Trilho é o Trapézio com Rede que vai na sua terceira edição e tem “um raio de ação estendido a outros concelhos”. O protocolo estabelecido com a Segurança Social termina em 2020, mas “perante os bons resultados que espero tenha continuidade por parte da tutela”, afirmou Pais Vieira. A continuidade deste projeto deverá estar assegurada depois da intervenção de Cristina Vasconcelos, em representação de Fernando Mendonça, presidente do Instituto de Segurança Social, ao agradecera oportunidade de ter trabalhado com o Trilho e ao dizer que “a Segurança Social tem todo o interesse em continuar com esta resposta social”.

Já Manuel Cardoso, subdiretor-geral do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências) em representação do presidente João Goulão, reconheceu que este é um trabalho que “se faz fundamentalmente com vocês (técnicos)”. Por isso, quis “dar um testemunho do nosso reconhecimento pelo vosso empenho e dedicação”.

Para o presidente da câmara, Jorge Sequeira, “os poderes públicos devem preocupar-se com os mais frágeis, vulneráveis e desprotegidos e garantir-lhes uma vida decente. O Município tem sido “um exemplo neste setor”, mencionando trabalhos com Misericórdia como a inauguração de apartamento de autonomização, a construção de um refeitório social nas instalações do trilho através depois deste projeto ter vencido o Orçamento Participativo, o levar utentes a espetáculos na Casa da Criatividade e a entrega de 36 apartamentos reabilitados até ao fim do ano. “A habitação é a resposta mais importante para o apoio social”. O Trilho tem “uma equipa fantástica, dedicada e que vive os problemas dos seus utentes como se fossem os seus”, salientou Jorge Sequeira.

Por último, mas longe de ser menos importante, Branca Correia, diretora técnica do Trilho, fez um balanço destas duas décadas de trabalho em prol dos outros ao labor.

“Nestes 20 anos fizemos muitas coisas, desenvolvemos muitos projetos e tentámos diferentes estratégias de abordagem a esta população” e “aquilo que realmente destaco é o papel que a equipa foi tendo sempre numa procura incessante de conseguir chegar à população com a qual trabalha”, disse Branca Correia, esclarecendo que “isto não é muito fácil porque às vezes tem a ver com os recursos que não temos”.

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