E para isso a direção espera poder contar com a ajuda de todos
Não obstante “os tempos que se anteveem de incerteza” económico-financeira, aconselhando “uma prudência acrescida” para “não agravar os custos” da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira (AHBVSJM), a estratégia para o próximo ano passa por “prosseguir com uma política de equilíbrio financeiro”. Mas sem descurar “os investimentos operacionais que se mostrem necessários e indispensáveis” “à continuidade do trabalho de excelência” que tanto o comando como o corpo ativo têm vindo a desenvolver.
A garantia é do presidente da direção, a quem coube apresentar o orçamento e o plano de atividades de 2020. Aprovados por unanimidade em reunião de assembleia-geral (AG) realizada esta última segunda-feira, ambos os documentos “são de continuidade”, procurando assegurar “um nível de excelência idêntico ao de 2019, quer no que diz respeito às contas, quer aos serviços prestados à comunidade e ao Município”.
“Soldados da paz vão ter nova ambulância”
Carlos Coelho garantiu aos poucos associados presentes no antigo quartel que “a direção, sensível e consciente das diversas limitações e necessidades a nível operacional, orçamentou, para o ano de 2020, 65 mil euros para a aquisição de uma nova ambulância INEM, 70 mil euros para fardamentos e equipamentos de proteção individual [EPI] e 35 mil euros para equipamentos diversos, como espaldar/ARICA, máscaras faciais e um novo sistema de comunicação de Wireless”. Já depois do final da sessão, em declarações à imprensa, falou ainda nos cerca de 15 mil euros que são necessários para “conservação do edifício operacional”, situado na Zona Industrial das Travessas.
Para tudo isto, o órgão diretivo a que preside conta “não só com o apoio do INEM de 50 mil euros, como também da nossa câmara municipal”. Além disso, “ainda pensa angariar o valor em falta através de uma campanha junto da indústria e comércio locais e dos amigos dos bombeiros”. Aliás, aquando da breve conversa com o labor, o responsável voltou a apelar “à generosidade dos sanjoanenses”. Em seu entender, “os sanjoanenses têm de sentir os bombeiros como sendo seus. Se assim for”, dar-lhes-ão “as condições para eles lhe prestarem um bom serviço”. “Costumo dizer que os bombeiros não querem ter carros novos, mas sim servir bem os sanjoanenses. Mas para isso têm de ter os meios necessários”, reforçou a ideia.
Na AG, Carlos Coelho ainda adiantou que querem organizar atividades e espetáculos para angariação das “tão necessárias novas receitas que permitam cobrir as quebras verificadas nos últimos anos, nomeadamente no que diz respeito a receitas de transportes de doentes e de quotização dos associados que têm vindo a decrescer progressivamente”. São também objetivos da AHBVSJM, conforme acrescentou o dirigente associativo, “estudar, repensar e discutir novas condições e destinatários na prestação de serviço de transporte de doentes não urgentes”; “apoiar o comando no desenvolvimento de ações para manutenção da atividade da fanfarra, de forma a poder manter a qualidade que lhe é reconhecida”; “impulsionar e dar condições para a dinamização de escolas de estagiários, infantes e cadetes”, etc..
Receitas e despesas correntes inferiores em relação aos anos anteriores
Deste Orçamento para 2020, de aproximadamente 900 mil euros, Carlos Coelho salientou, em termos de receitas, que se prevê que “as receitas correntes sejam inferiores às que se verificaram nos anos imediatamente anteriores”, sendo esperada uma diminuição das verbas provenientes de receitas extraordinárias, receitas de quotas dos associados e condução de doentes não urgentes.
Já a nível de despesas, destacou que, no que concerne a gastos, “as despesas correntes apresentam uma nova redução”, o que, como disse, “traduz a crescente preocupação e controle das despesas e o máximo rigor das contas, muito embora os constantes aumentos nos custos de combustíveis, eletricidade e outros consumíveis sejam um fator muito importante que temos que levar em conta”.