Empresa sanjoanense tem como objetivo “o da valorização de desperdícios de processos industriais, face aos custos elevados de transporte para o destino final”, afirmou o diretor de inovação e marketing Fernando Merino ao labor
O Open Day com o objetivo de divulgar o GradiERT recebeu cerca de 40 pessoas no dia 5 de dezembro na Oliva Creative Factory (OCF).
Este projeto nasce da parceria entre o grupo ERT, através do seu Centro de Inovação e Criatividade, instalado na OCF, e a Universidade do Minho.
“O GradiERT consiste no desenvolvimento de compósitos a partir de resíduos industriais que tiveram origem no processo de corte de solas em EVA para calçado”, começou por dizer Fernando Merino, diretor de inovação e marketing da ERT ao labor.
Esta “área de investigação é muito relevante porque também valoriza resíduos de processos industriais” e “desenvolveu-se para isso um processo tecnológico que permite, através do processo de moldação por compressão a quente, obter vários modelos demonstradores de componentes para diferentes mercados como o automóvel, a arquitetura e a defesa”, continuou Fernando Merino, adiantando que neste projeto desenvolveram-se “protótipos como um apoio de braço para automóvel, uma almofada (padding) de amortecimento a impactos em componentes de proteção e elementos modulares de revestimentos decorativos para arquitetura”.
“Do ponto de vista do negócio, o ponto de partida para este projeto foi o de aproveitar as oportunidades criadas pela maior consciencialização para uma economia circular que valoriza resíduos industriais como matérias-primas de outros processos”, revelou o diretor de inovação e marketing da empresa sanjoanense ao labor.
Já o objetivo específico da ERT é “o da valorização de desperdícios de processos industriais, face aos custos elevados de transporte para o destino final”, afirmou Fernando Merino, explicando que esta ação “insere-se também na política de reforço da confiança nos clientes, trabalhadores, comunidade e sociedade, através do compromisso com a melhoria contínua do desempenho ambiental”.
O balanço deste Open Day realizado a um final de tarde é “muito positivo, considerando que tivemos um número muito interessante de participantes e de contactos durante o cocktail e networking”, observou o diretor de inovação e marketing da ERT ao labor.
“Uma empresa que se internacionalizou e traz muito valor para o nosso concelho”
O presidente da câmara, Jorge Sequeira, voltou a destacar a história da Oliva, que nasceu em 1925 e empregou cerca de 3.500 pessoas, e do próprio concelho que conquistou a independência um ano depois, em 1926.
Atualmente, aquela parte da antiga Oliva renasceu e deu origem a uma incubadora ligada às áreas da criatividade, do empreendedorismo e da inovação.
Um dos espaços ocupados é precisamente pela ERT que é “uma empresa que se internacionalizou e traz muito valor para o nosso concelho”, declarou Jorge Sequeira.
O Open Day contou ainda com as intervenções de José Sousa, diretor de operações da ERT em representação de João Brandão, CEO da ERT, e Raúl Fangueiro, professor da Universidade do Minho e coordenador da Plataforma Fibrenamics (parceiro do projeto).