De entre os mais de 100 bombeiros ali presentes, Fernando Ladeira, Ana Cláudia Pinto, Júlio Calado e José António Santos foram escolhidos ao acaso.
Mas, mesmo aleatoriamente, a verdade é que estes quatro soldados da paz, dois dos quais no ativo e os outros pertencentes ao quadro de honra, retratam na perfeição o que é ser bombeiro. Nenhum deles se arrepende de em certo dia ter decidido abraçar uma causa tão nobre. Apesar dos “sacrifícios” e também riscos, se fosse hoje garantem que voltariam a fazer o mesmo, sem hesitar.
Ana Cláudia Pinto, de 37 anos, é bombeira voluntária desde 2007. E “tudo por causa de uma brincadeira com uma colega”. A brincar, a brincar, “o bichinho de querer ajudar os outros foi crescendo” ao ponto de hoje conciliar o voluntariado com a sua vida profissional e ainda o papel de mãe de uma menina de sete anos.
Já Fernando Ladeira tem 51 anos, 24 dos quais ao serviço do próximo. Por falar em próximo, foi o facto de poder “ajudar e ser útil” aos outros que o tornou bombeiro. É da freguesia vizinha de Arrifana, mas pertence à corporação sanjoanense, assim como o seu irmão.
Soldado da paz há mais de 50 anos, Júlio Calado tem 74 anos de idade, tendo nascido “numas casas que havia onde hoje é o antigo quartel”. Foi para bombeiro, porque os irmãos também já eram voluntários e porque “isto aqui é mais do que uma família”, acrescentou visivelmente emocionado este agora elemento do quadro de honra.
E quem também integra o quadro de honra é José António Santos, de 63 anos e ex-bombeiro motorista. Este sanjoanense fez parte do corpo ativo mais de 30 anos, tendo pertencido “à maior e mais completa família que havia nos bombeiros na altura”. Aliás, “o meu pai também já era bombeiro”, contou ao labor.