Depois de ter sido detetada falha técnica no processo de apuramento dos votos
Um dia depois de ter anunciado publicamente os vencedores do Concurso de Enfeite de Rotundas de Natal de 2019, a Câmara Municipal de S. João da Madeira recebeu a 9 de janeiro a informação de que existiu uma falha técnica no processo de apuramento dos resultados por parte da empresa que prestou o serviço de votação eletrónica.
Por sua vez, o presidente da câmara, Jorge Sequeira, apenas teve conhecimento desta situação quatro dias depois, a 13 de janeiro, dia em que estava marcada a cerimónia de entrega dos diplomas desta edição do concurso, o que levou à criação de um despacho que invalida esta votação e remete para uma outra.
A cerimónia de entrega dos diplomas estava marcada para as 18h00, mas por volta das 17h44 o nosso jornal teve conhecimento de que a mesma tinha sido cancelada, ficando a saber momentos depois do motivo, tornado público através de despacho do presidente da câmara publicado na página do Município na rede social Facebook.
“Tomei hoje conhecimento da existência de uma falha técnica no processo de votação eletrónica para apuramento dos vencedores do concurso de enfeite de Rotundas de Natal de 2019”, começa por dizer Jorge Sequeira no seu segundo despacho de 2020.
“Com efeito, no fim do dia 9 de janeiro de 2020 foi recebida nos serviços da Câmara Municipal, por parte da empresa fornecedora do serviço de votação eletrónica, uma comunicação que informou da existência de uma falha técnica no processo de apuramento de resultados”, continua, explicando que “na verdade, a empresa responsável por tal serviço transmitiu à Câmara Municipal que foram submetidos 4176 votos, dos quais 2205 não foram considerados como válidos pela plataforma respetiva, sem que a empresa consiga identificar o fundamento para tal falha técnica”.
Perante estes factos, “entendo ser meu dever indeclinável assegurar o respeito pela verdade e pela justiça do resultado, garantindo que o resultado final apurado é correspondente ao sentido real da votação”, uma “situação que as condições atuais não permitem acautelar”, esclareceu o presidente da câmara, demonstrando estar consciente da “possibilidade da elevada dimensão do número de votos não considerados poder influenciar a expressão da vontade real dos votantes, decido anular o processo de votação eletrónica acima mencionado”. Posto isto, “mais determino a abertura de um novo período de votação, após cabal garantia da resolução dos problemas técnicos existentes”, concluiu Jorge Sequeira em despacho.
Entretanto, o presidente da câmara adiantou ainda à comunicação social já à margem de um evento, um dia depois da publicação do despacho, que “pedimos à empresa que tentasse resolver o problema, vamos fazer testes e depois reabrir o período de votação”, sem conseguir, no entanto, adiantar uma data.