Onde permaneceu em isolamento até ser transportado para o Hospital de São João
Após uma avaliação clínica e epidemiológica, um novo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal foi confirmado esta segunda-feira, dia 24 de fevereiro, pelas 16h00, em comunicado emitido pela Direção-Geral de Saúde (DGS).
O labor apurou junto de fonte próxima do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga que um homem ligado à indústria do calçado, tinha chegado da MICAM, a maior feira de calçado do mundo, realizada em Milão, e dirigiu-se ao Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, com alguns sintomas que levaram a que ficasse numa sala de isolamento até ser transportado para o Hospital de São João, no Porto, que é “um dos hospitais de referência para este tipo de situações”, segundo a DGS. As análises deste que foi o 14º português suspeito de estar infetado com o novo Coronavírus deram negativo. Entretanto, o número de novos casos suspeitos de serem portadores deste vírus subiu até 18 em Portugal, mas todos deram negativo. Os últimos cinco casos foram detetados em pessoas que vieram de Milão, Itália. Até ao momento, o único português infetado com o novo Coronavírus foi transferido esta terça-feira para um hospital no Japão depois de ter estado isolado durante vários dias numa cabine do navio de cruzeiros Diamond Princess.
O número de casos suspeitos de estarem infetados pelo novo Coronavírus tem atingido todo o mundo, tendo sido registadas vítimas mortais na China continental (2.663), Hong Kong (2), Coreia do Sul (11), Japão (4), Filipinas (1), Taiwan (1), Itália (11), França (1) e Irão (16), segundo os dados registados pelas agências de saúde destes países até ao dia 25 de fevereiro e avançados pela RTP1.
Perguntas Frequentes colocadas à DGS
O que é um Coronavírus?
Os Coronavírus são uma família de vírus conhecidos por causar doenças no ser humano. A infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia.
O que é este novo Coronavírus?
O novo coronavírus, intitulado COVID-19, foi identificado pela primeira vez em janeiro de 2020 na China, na Cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto na cidade de Wuhan. A fonte da infeção é ainda desconhecida.
Como se transmite?
Ainda está em investigação a via de transmissão. A transmissão de pessoa a pessoa foi confirmada, embora não se conheçam ainda mais pormenores.
Quais os sinais e os sintomas?
As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse e dificuldade respiratória. Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.
Qual o risco?
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) considera que existe, neste momento, uma probabilidade moderada de importação de casos nos países da União Europeia/Espaço Económico Europeu (UE/EEE). A probabilidade de transmissão secundária na UE/EEE é baixa, desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção adequadas.
Existe uma vacina?
Não existe vacina. Sendo um novo vírus, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento.
Existe tratamento?
O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas apresentados.
Como me posso proteger?
Não tendo sido reportados casos em Portugal, não estão indicadas medidas específicas de proteção. Nas áreas afetadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene, etiqueta respiratória e práticas de segurança alimentar para reduzir a exposição e transmissão da doença: evitar contacto próximo com doentes com infeções respiratórias; lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes; evitar contacto desprotegido com animais selvagens ou de quinta; adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo); e lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.
Como viajante, o que devo fazer?
A OMS não recomenda, nesta fase, restrições de viagens e trocas comerciais para a China; Se tiver como destino a China, deve seguir as recomendações das autoridades de saúde do país e as recomendações da OMS, referidas em: Como me posso proteger? Para viajantes regressados das áreas afetadas que apresentarem sintomas sugestivos de doença respiratória, durante ou após a viagem, antes de se deslocarem a um serviço de saúde, devem ligar 808 24 24 24 (SNS24), informando sobre a sua condição de saúde e história de viagem, seguindo as orientações que vierem a ser indicadas.
É seguro encomendar produtos da China?
Os coronavírus não sobrevivem por longos períodos em objetos. As pessoas que recebem encomendas ou cartas da China não estão em risco de ser infetadas pelo novo coronavírus (2019-nCoV).