Num momento em que os estabelecimentos de ensino se encontram com as atividades presenciais suspensas, a Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu o sítio https://apoioescolas.dge.mec.pt, com um conjunto de recursos para apoiar as escolas na utilização de metodologias de ensino a distância que lhes permitam dar continuidade aos processos de ensino e aprendizagem, conforme avança a DGE em nota informativa enviada pelo Ministério da Educação ao labor.
Este apoio vai permitir a todas as crianças e a todos os jovens manter contacto regular com os seus professores e colegas, consolidar as aprendizagens já adquiridas, bem como desenvolver novas. E, nesse sentido, numa primeira fase, todos os estabelecimentos de ensino devem manter o contacto diário com os alunos e iniciar uma dinâmica em que, gradualmente, poderão introduzir processos e ferramentas mais complexas de interação. Devem, pois, ser privilegiadas atividades assíncronas, menos exigentes em largura de banda e que não requeiram dispositivos de última geração. No caso de os destinatários serem alunos da educação pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos, as atividades devem, sempre que possível, ser intermediadas pelos encarregados de educação.
Ainda nesta fase inicial, é fundamental que sejam desenvolvidas formas simples para não se perder o contacto com os alunos, em particular com aqueles que não têm ainda acesso a internet ou equipamento. Nesse caso, um contacto estabelecido através de organizações e associações locais ou da junta de freguesia pode assegurar que estes alunos também recebem materiais e tarefas para fazer.
DGE vai, ainda, disponibilizar um curso para professores
Também segundo o comunicado recebido pelo nosso jornal, em cada escola/agrupamento deve ser criada uma equipa de apoio aos restantes docentes, quer porque o trabalho dos docentes estará também a ser feito à distância, quer porque poderá haver algumas pessoas menos experientes neste tipo de modalidade de ensino. Esta equipa poderá ainda organizar sessões de formação a distância ou disponibilizar recursos para autoaprendizagem.
Além disso, a DGE irá disponibilizar brevemente um curso sobre metodologias de ensino a distância, procurando também desta forma apoiar as escolas e os seus docentes.
Em cada estabelecimento de ensino deverão ainda ser definidas as ferramentas e as metodologias a utilizar, tendo em conta os diferentes níveis de ensino. Deve ser evitada, na medida do possível, a proliferação de ferramentas e de plataformas para que haja uma harmonização de métodos de ensino e aprendizagem, em cada ciclo e com isto facilitar a concentração dos alunos nos espaços digitais.
De acordo com a DGE, terá de haver enorme cuidado para que todos os alunos, independentemente dos dispositivos que utilizem e do software instalado, tenham acesso aos recursos disponibilizados pela escola, devendo ser utilizado software de livre acesso e não muito exigente do ponto de vista tecnológico ou de largura de banda.
Aliás, as escolas mais avançadas tecnologicamente deverão partilhar as suas práticas e apoiar, sempre que possível, outras que se encontrem em maior dificuldade, cabendo também aos centros de formação de professores promoverem esta partilha e apoiarem as escolas.
Para tirar dúvidas e/ou obter informações, os interessados podem enviar email para o seguinte endereço eletrónico: [email protected].
Porto Editora dá acesso gratuito à Escola Virtual
A Porto Editora decidiu dar acesso gratuito a todos os alunos dos ensinos básico e secundário à sua plataforma de e-learning Escola Virtual, como forma de diminuir o impacto negativo que a pausa letiva forçada possa ter nas aprendizagens nesta fase do ano letivo, conforme refere a própria editora em comunicado remetido ao labor.
Esta medida excecional permite o acesso aos conteúdos educativos digitais do 1.º ao 12.º ano de escolaridade. Além disso, os professores – que também têm acesso gratuito – podem organizar aulas, propor exercícios para consolidação e revisão de matérias e partilhar os conteúdos com os alunos por email.
Trata-se de “uma plataforma de estudo com aulas interativas”, de subscrição anual paga, existente desde 2005 e que, “atualmente, já é usada por 200 mil jovens e professores na maioria dos estabelecimentos de ensino”, à qual para terem acesso gratuito os alunos ou os encarregados de educação só têm de proceder a um registo simples. Ao fazê-lo têm apenas de identificar o estabelecimento de ensino e o ano de escolaridade, disponibilizando-se de imediato os conteúdos da plataforma e as versões digitais dos manuais escolares adotados na respetiva escola para esse ano.
Paralelamente, os docentes podem criar na plataforma as suas turmas, agilizando o processo de partilha de conteúdos existentes na Escola Virtual ou mesmo conteúdos personalizados, com a possibilidade de monitorizarem todo o trabalho dos seus alunos através de tarefas.
A equipa pedagógica da Escola Virtual vai acompanhar este processo, dando todo o apoio necessário.