Este é uma edição que sai a meio de uma verdadeira guerra. Contra um vírus. Contra uma pandemia. E contra o que também parece ser uma paranoia. O esforço dos jornalistas do labor, a trabalharem “à distância”, permite-nos manter a presença junto dos nossos leitores, o que nos esforçaremos por continuar a fazer, se nos deixarem, porque o País não pode parar. Há quem o tenha vindo a defender mas, pelo que se conhece – no momento em que escrevo – da articulação entre Governo e Presidente, o bom senso prevalecerá porque a defesa do “#páratudo” tinha uma elevada dose de inconsciência e irresponsabilidade o que é, infelizmente, a caraterística principal da maioria do que circula nas redes sociais. Todos devemos ser rigorosos a cumprir a regras de segurança recomendadas por quem tem esse dever e função. Mas a solidariedade nacional deve também levar-nos a fazer um esforço adicional, seguro, para que o país funcione, para que as empresas produzam, para que os empregos sejam assegurados.
A quase totalidade dos textos que integram esta edição foram produzidos num cenário anterior à declaração do estado de emergência. Será muito natural, pois, que no momento em que nos leem haja muito mais novidades e atualizações. Só podemos fazer votos – e lutar – para as novas sejam notícias de decisões que nos levem ao fim desta pandemia. Ou desta paranoia!