Empresa diz que é “um ato de gestão corrente” que varia consoante o volume de trabalho e lamenta que o mesmo destaque não seja dado pelos bloquistas quando admite pessoas e fica com algumas delas
O Bloco de Esquerda (BE) deu a conhecer que a empresa sanjoanense ERT Têxtil Portugal S. A. iria dispensar 50 trabalhadores temporários, a partir do passado dia 7 de abril, através de comunicado enviado ao labor.
“Esta empresa sempre teve dezenas de trabalhadores temporários, que desempenhavam tarefas permanentes”, o que, no entender dos bloquistas, é uma prática que constitui “um grave atropelo à legislação existente”.
Em relação a esta acusação, fonte ligada à administração da empresa, disse ao nosso jornal que este é “um ato de gestão corrente” que é feito ao longo de anos e varia consoante o volume de trabalho, esclarecendo que “fazemos tudo dentro da lei” e lamentando que o mesmo tipo de destaque não seja dado pelos bloquistas “quando admitimos pessoas e ficamos com algumas delas”.
O BE está “a agarrar-se a situações sem fundamento legal”. “Se está contra a subcontratação de pessoas, deve tentar mudar a lei”, concluiu fonte da administração da empresa sanjoanense em declarações dadas em exclusivo ao labor.
Para os bloquistas “é necessário proibir os despedimentos imediatamente,” porque “só assim se consegue evitar o aproveitamento que está a ser feito por algumas empresas, para literalmente se livrarem dos trabalhadores”.
No mesmo comunicado, o BE considera que “a falta de coragem do Governo do Partido Socialista está a facilitar os despedimentos em massa”, tendo, por isso, os seus deputados questionado o mesmo sobre este assunto.