O Dínamo Sanjoanense celebrou, no passado dia 14 de abril, o seu 63.º aniversário, comemoração que, este ano, face ao momento que se vive, foi assinalada sem festividades. Com o país em estado de emergência e o isolamento social a revelar-se fundamental para controlar a propagação do novo coronavírus, este foi um aniversário diferente para a coletividade fundada em 1957 e que nos primeiros anos de atividade esteve focada na prática de futebol. Contudo, na década de 90 o clube iniciava-se no futsal com uma equipa sénior que se começou a impor nos campeonatos distritais. prestação que culminou com o título e a conquista da Taça e Supertaça de Aveiro na época 2001/2002. Com o clube em crescimento, na temporada seguinte (2002/2003) o Dínamo Sanjoanense ascendia, por direito próprio, à 3.ª Divisão Nacional de Futsal e era chegado o momento de aumentar os escalões de competição com a aposta nas equipas de infantis, iniciados e juvenis. Cerca de 17 anos depois de avançar com a formação a coletividade é hoje uma referência na modalidade e “uma das maiores escolas de futsal do distrito de Aveiro”, de acordo com o presidente Paulo Moreira. Na época de 2017/2018 o clube alcançava um dos “feitos históricos do clube”, com a equipa sénior a garantir a subida à 2.ª Divisão Nacional, “elevando o nome do Dínamo Sanjoanense e da cidade de S. João da Madeira pelo país fora”. E na temporada de estreia (2018/2019) o clube assegurava tranquilamente a manutenção ficando em primeiro lugar da série C da fase de manutenção.
Já esta época, depois de uma primeira fase tranquila, o Dínamo Sanjoanense era uma das equipas com ambições de lutar pela subida ao escalão principal, mas a interrupção da competição, resultado da pandemia, deitou por terra o trabalho realizado esta época pela coletividade que conta com oito escalões em competição e um total de 124 atletas inscritos.
Com 27 títulos distritais alcançados o Dínamo Sanjoanense é, para Paulo Moreira, “um clube com um futuro prometedor”. Nos seniores o dirigente assegura que a coletividade está no bom caminho e esse passa pelas provas nacionais e aí as ambições são grandes. Já na formação a principal aposta reside na formação com o objetivo de criar jogadores para o plantel principal sem, no entanto, descurar a vertente desportiva e competitiva nas classes jovens com a colocação de equipas nos campeonatos nacionais.
Com o clube a comemorar 63 anos de existência e num momento em que o desporto atravessa um momento inédito, Paulo Moreira garante que, apesar de não ser realizado nenhum jantar comemorativo, “como resultado das precauções exigidas pelas entidades competentes e com vista a preservar a segurança de todos”, o aniversário ca coletividade não passou despercebido. “Fizemos, de forma simbólica, a substituição e hastear da bandeira no monumento que temos na rotunda no Lugar da Ponte, como é habitual”, refere o dirigente, que agradeceu “a todos os presidentes e diretores que tornaram este grande feito possível”. “A todos, sem exceção, muito obrigado, pois sem eles o presente não podia existir”, frisou Paulo Moreira, que destacou a importância de “todos os colegas de direção e de todos os que, de alguma forma, colaboraram para o crescimento do clube e permitiram – esquecendo a pandemia que nos assola – a melhor época de sempre em termos de patamares atingidos ao mesmo tempo desportivamente”. “O seniores atingiram pela primeira vez a fase de subida à 1.ª Divisão Nacional, enquanto os juniores e iniciados conseguiram a fase de subida aos campeonatos nacionais. Já os benjamins e infantis estavam na fase e apuramento de campeão e os juvenis conseguiram um campeonato condigno. Por sua vez os traquinas estavam na segunda fase do torneio, dando continuidade à evolução na sua aprendizagem”, recorda o dirigente, assegurando que apesar dos títulos e conquistas “não serem o mais importante”, as prestações “são, porventura, sinal de progresso”.