A Igreja, à semelhança de todas as outras instituições, está a viver “uma tempestade”, tentando se adaptar o melhor possível para fazer face aos novos desafios que surgem diariamente com toda esta crise pandémica que atinge o Mundo. No caso da Paróquia de S. João da Madeira, “tudo começou na segunda semana de março com a decisão de suspender a catequese”, poucos dias antes de as escolas encerrarem. Desde então, “estamos a tentar responder [aos desafios]”, como afirmou o Padre Álvaro Rocha ao labor.

Por exemplo, no que diz respeito ao restauro do interior da Capela de Santo António já iniciado conforme o nosso jornal noticiou em edição anterior, “estamos a tentar manter as obras”. Segundo o pároco, “a decisão da Fábrica da Igreja é tudo fazer para as concluir, porque a sua suspensão será mais gravosa para a comunidade”. Nesse sentido, e uma vez que “a angariação de fundos que estava estruturada e animada, com muitas iniciativas, ficou suspensa”, já estão a ser ponderadas outras “hipóteses”, “concretamente um empréstimo imediato”, adiantou o sacerdote sanjoanense.

 

“Catequese à distância” e transmissão diária da missa

Já com a catequese, que envolve cerca de 900 crianças e adolescentes, a Paróquia está a “organizar algum trabalho à distância”. E quanto aos grupos e movimentos paroquiais “tiveram de suspender as suas reuniões”, estando “a aproveitar as redes sociais para partilharem reflexões”. Como “a Paróquia está bem estruturada, coube à comissão permanente do Conselho Paroquial de Pastoral ir acompanhando e lendo todas estas circunstâncias para tentar tomar as decisões mais acertadas”, explicou o Padre Álvaro Rocha, chamando à atenção ainda para que apostaram, também, “na transmissão diária da missa, o que tem sido importante para as famílias, com a colaboração recente da Rádio Regional Sanjoanense, porque as pessoas mais idosas têm mais dificuldade de acesso à internet”.

E por falar em internet, realçou uma edição online do jornal mensal da paróquia – “Restaurar” – à qual se deverá juntar uma nova edição em breve. “Quisemos que esta edição digital de março fosse um meio de partilha e comunicação entre grupos e movimentos”, justificou, avançando ainda que “esta semana reuniremos por videoconferência o plenário do Conselho Paroquial de Pastoral para definir o que podemos assumir para o período que medeia entre a Páscoa e o fim de junho”.

Aliás, a propósito, o reverendo recordou que “este próximo trimestre seria muito cheio de iniciativas”, desde “festas de catequese com as comunhões, Festa do Parque em honra de Nossa Senhora dos Milagres, a Festa da Senhora de Fátima do Parrinho, o terço no mês de maio, a Festa de Santo António, o Corpo de Deus, a Festa em honra do padroeiro S. João Batista, a segunda edição da Festa das Famílias”. Para além disso, “já estávamos a preparar uma grande peregrinação paroquial para setembro, para assim, junto de Maria, iniciarmos o novo ano pastoral”.

 

Cartório paroquial continua “disponível para a comunidade

Em declarações ao nosso jornal, o Padre Álvaro Rocha sublinhou o facto de o cartório paroquial continuar “disponível para a comunidade”. O telefone e o telemóvel são agora os meios mais usados, mas os paroquianos também têm ao dispor a página na internet e o email da paróquia.

“Com tudo isto, não posso dizer que esteja a ser um tempo fácil, mas temos de saber fazer leituras e de pensar nos desafios que nos são lançados”, defendeu, prosseguindo com um apelo: “Peço aos grupos e movimentos que, dentro das suas possibilidades, façam esta reflexão. Estamos confinados às nossas casas, mas não perdemos a nossa fé. Queremos retirar daqui algumas reflexões que nos poderão ser muito úteis. Pedimos a Deus que nos ajude a saber ler todas estas experiências, no imediato dolorosas e sacrificadas”.

 

 

 

 

 

 

 

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