“É muito difícil viver sem o afeto diário no núcleo familiar”

Heróis (In)vísiveis da Covid-19

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E “é transtornante vivenciar o isolamento dos nossos doentes que sofrem em solidão sem a presença de quem lhes é mais querido”, confessou a médica Yolanda Martins ao labor



Yolanda Martins é médica de Medicina Interna no Hospital de S. Sebastião em Santa Maria da Feira.

O efeito do novo coronavírus no seu local de trabalho foi “impactante”. “Obriga a uma nova organização diária/horária”, à “modificação de todas as rotinas”, à “criação de novos circuitos de trabalho” e ao “estudo intensivo e diário de todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde e de estudos internacionais”, revelou Yolanda Martins ao labor.

As funções desta médica da “Task Force Covid” do Serviço de Medicina Interna passam pela< “organização do serviço, preocupação da segurança no trabalho e gestão dos recursos humanos necessários”.

As principais diferenças que Yolanda Martins sentiu no seu dia a dia são o chegar mais cedo ao hospital porque “não há trânsito”, o distanciamento social porque “tenho duas crianças de 10 meses e três anos com as quais estou pouco tempo e distanciada” e “não vejo os meus pais há mais de 15 dias” e o não ir ao supermercado “há mais de 15 dias”.

Entre as escolhas mais difíceis que teve de tomar devido ao novo coronavírus, a nível pessoal e profisisonal, estão o “distanciamento dos meus familiares”, a “reorganização familiar dado o encerramento da creche” e a “proteção acrescida no meu local de trabalho com a segurança”. Por último, mas longe de ser menos importante, “é muito difícil viver sem o afeto diário no núcleo familiar” e “é transtornante vivenciar o isolamento dos nossos doentes que sofrem em solidão sem a presença de quem lhes é mais querido”, confessou a médica Yolanda Martins ao labor.

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