Os cemitérios e as casas mortuárias reabriram no início desta semana, dia 4 de maio, em S. João da Madeira.
Contudo, continuam a existir restrições no que diz respeito ao funcionamento destes locais.
Para além do cônjuge ou unido de facto, ascendentes e descendentes, parentes ou afins do falecido, a participação em funerais e em velórios é limitada ao máximo de 10 pessoas que devem manter uma distância de segurança entre si de, pelo menos, de dois metros durante os atos praticados no interior das casas mortuárias e no cemitério.
No interior das casas mortuárias passa a ser obrigatório o uso de máscara ou de viseira e a ser limitada a presença de cinco pessoas em simultâneo, sendo dada prioridade aos familiares, não estando incluídos neste número o celebrante da cerimónia religiosa, os agentes funerários e os funcionários camarários.
As instalações sanitárias destes espaços continuam a estar encerradas e sujeitas a desinfeções adequadas e periódicas.
As regras anteriormente mencionadas vão ser fiscalizadas e manter-se-ão em vigor até que continue o estado de alerta municipal. Quem tiver conhecimento do desrespeito destas regras, deve denunciar a situação às agências funerárias, ao pároco e à PSP.
O presidente da câmara, Jorge Sequeira, tomou estas decisões depois de ter ouvido dois dias antes, a 2 de maio, a subcomissão da proteção civil e de ter em conta o disposto no artigo 19º da Resolução do Conselho de Ministros n.º33-A/2020, de 30 de abril, que declara a situação de calamidade em todo o território nacional até às 23h59 do dia 17 de maio.
Relembramos que isto acontece mais de um mês depois, de por despacho do presidente da câmara de 22 de março, ter sido determinado o encerramento das casas mortuárias e cemitérios municipais do concelho de S. João da Madeira, com base no disposto no n.º 2 do artigo 17.º do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março que regulamenta a aplicação do Estado de Emergência decretado pelo Presidente da República. Pelo meio, durante a quadra pascal, a câmara municipal também decidiu colocar cinco pés de lírios e um copo de vela, círio, em cada uma das 2.380 campas dos três cemitérios de S. João da Madeira.
“Custou um bocadinho para quem vinha todos os dias ao cemitério”
À entrada de um dos cemitérios de S. João da Madeira encontrámos Dulce Dias, de 70 anos e natural de S. João da Madeira.
“Tivemos de encarar bem a decisão de fechar o cemitério e as celebrações da igreja porque era para o nosso bem”, disse a sanjoanense, admitindo que, no seu caso, esta decisão “custou um bocadinho para quem vinha todos os dias ao cemitério”. Depois de saber que os cemitérios abriram na segunda-feira, veio ver, um dia depois, se realmente já estava aberto o cemitério. “Vim ver como estava para depois vir enfeitar”, contou Dulce Dias, demonstrando compreender as novas limitações impostas aos cemitérios e às casas mortuárias porque são “pelo meu bem e dos outros”.
Em conferência de imprensa, dada esta terça-feira, o presidente da câmara, Jorge Sequeira, apelou mais uma vez “a todos que sejam respeitadores das regras que serão fiscalizadas e controladas pelos funcionários municipais”.