“O melhor meio para evitar o contágio e a doença é o cumprimento das regras de segurança que têm vindo a ser anunciadas”, apelou o presidente Jorge Sequeira
A decisão da Assembleia da República, tomada em 16 de maio de 1984, de elevar a vila de S. João da Madeira à categoria de cidade foi assinalada de forma simbólica com um discurso gravado e posteriormente divulgado do presidente de câmara, Jorge Sequeira, devido à pandemia de Covid-19, ficando, este ano, sem efeito os atos comemorativos tradicionais.
Este ato ficará para todo o sempre associado ao “reconhecimento da grande capacidade de crescimento e de desenvolvimento da nossa terra”, por isso, Jorge Sequeira começou por homenagear “todos os sanjoanenses que lutaram por tal reconhecimento. Entre os quais figuram o deputado sanjoanense Carlos Ribas e o presidente da câmara municipal Manuel de Almeida Cambra”.
Nesta luta contra um novo vírus, o presidente prestou uma nova homenagem ao demonstrar a sua “gratidão a todos os que, com abnegação, coragem e sentido de missão, descurando muitas vezes os interesses pessoais, se têm dedicado à proteção dos sanjoanenses” e ao deixar o seu agradecimento a todos os que doaram equipamentos de proteção individual e contribuíram com outros bens e serviços à câmara municipal. Como “a história de uma comunidade constrói-se através de exemplos que exprimam o que de melhor há no ser humano e que inspirem os mais jovens no futuro”, Jorge Sequeira prestou um reconhecimento público ao “gesto de Rosa Santos e Daniela Teixeira, funcionárias da CERCI, que, de modo voluntário, cumpriram 14 dias de isolamento profilático no Lar Residencial com o propósito de, ali permanecendo, poderem apoiar um conjunto de utentes que também se encontravam em situação de isolamento profilático e que careciam, em absoluto, de cuidadores dedicados”.
“A chave para derrotar esta pandemia e os seus efeitos preversos assenta na solidariedade e na cooperação entre todos” e “o objetivo a alcançar é o de proteger os mais frágeis e vulneráveis, assegurando que ninguém é excluído do apoio social, do apoio humanitário e do apoio médico a que tem direito numa sociedade decente e civilizada”.
Uma vez que “a crise de saúde pública que vivemos não tem, ainda, fim à vista”, o presidente da câmara apelou “a que continuemos a respeitar escrupolosamente as orientações das autoridades de saúde pública e da proteção civil” porque “o melhor meio para evitar o contágio e a doença é o cumprimento das regras de segurança que têm vindo a ser anunciadas”.
“Em 2020, juntos, saberemos ultrapassar este desafio”
“Não obstante o decurso da pandemia e fruto do esforço e empenho de muitos, que não se renderam, nem desistiram de lutar, a cidade continua em desenvolvimento”, destacou Jorge Sequeira, mencionando obras que estão a decorrer – requalificação da Escola Dr. Serafim Leite, retirada do Amianto de todas as escolas básicas e requalificação da Praça Luís Ribeiro – e que já foram realizadas – reperfilamento da Rua João de Deus e reabilitação das ruas adjacentes da Praça Luís Ribeiro – na cidade. Para além de indicar diversas medidas adotadas ao nível da habitação, do ambiente e da recuperação do espaço urbano, indicou ainda que está prevista começar a obra de requalificação da Escola de Fundo de Vila em junho e que os eventos desportivos e culturais, que estão suspensos ou cancelados, voltarão, assim que for possível, a ser realizados com toda a sua “força criativa e garra”.
“Num momento tão difícil como o presente dependemos novamente da capacidade de iniciativa, da energia empreendedora e da coragem dos nossos empresários, comerciantes e trabalhadores para que a cidade continue a progredir”, assumiu Jorge Sequeira, admitindo com “profunda convicção de que, tal como em 1926, os sanjoanenses conseguiram conquistar a sua autonomia concelhia e em 1984 viram consagrado o estatuto de cidade para a sua terra, hoje, em 2020, juntos, saberemos ultrapassar este desafio e continuaremos ainda mais fortes a construir uma cidade justa, solidária e voltada para o futuro”.