A Coligação PSD/CDS-PP apresentou uma outra proposta que tinha como objetivo a realização de um estudo e, posteriormente, a criação de um espaço interativo fixo com equipamentos que permitissem a comunicação à distância entre os utentes dos lares – da Santa Casa da Misericórdia e da CERCI – e os seus familiares.

Uma medida que Paula Gaio, vereadora da Ação Social, considerou ser “claramente extemporânea” porque a câmara tem mantido “um canal aberto de comunicações” com as duas instituições antes de ter sido declarado o estado de emergência. No caso da Cerci “oferecemos um tablet e um router” para que as funcionários e os utentes do Lar Residencial pudessem ter “contacto com o exterior”. “Nessa altura também contactámos a Santa Casa e o que foi dito é que não seria preciso material para videoconferência porque dispunha de um plafond de telecomunicações para fazer chamadas vídeo”, disse Paula Gaio, dando a conhecer outras formas de apoio dadas pela câmara a esta instituição como a cedência de proteções em acrílico, os testes serológicos para testar os funcionários do lar, a atribuição de um subsídio de apoio às refeições da cantina social e a entrega de equipamento de proteção individual.

O vereador da oposição, Paulo Cavaleiro, não concordou com o argumento de que a proposta não seja oportuna porque foi a apresentada a 24 de março, nem de que a Santa Casa não precisa deste tipo de apoio. “Achamos que a proposta continua a ser pertinente e achamos que (a câmara) devia estudar (a proposta) e voltar a falar com a instituição (Santa Casa)” porque “não tivemos esse feedback da instituição”.

A vereadora da Ação Social garantiu que desde o início da pandemia da Covid-19 que a câmara coloca sempre de “forma ponderada” as questões a estas instituições e as respostas em relação ao que se refere a proposta da coligação é de que “não há necessidade”. Por sua vez, o presidente da câmara, Jorge Sequeira, disse que esta ideia apenas chegou no formato de proposta há cerca de 15 dias e, que tendo em conta os argumentos de Paula Gaio, “não vamos ocupar os nossos funcionários, que têm imenso trabalho, com estudos que não são úteis nem necessários”.  Esta proposta da coligação acabou por ser reprovada com cinco votos contra dos socialistas e dois votos a favor do PSD/CDS-PP. O presidente da câmara esclareceu que os socialistas votaram contra porque esta proposta “no momento em que é apresentada não faz sentido”, foram “ouvidas as instituições” e ativados “os mecanismos de apoios alternativos”. Também é preciso “respeitar a autonomia das instituições” e não devem ser feitos “estudos que se revelem desnecessários”. Já Paulo Cavaleiro insistiu que esta proposta é “útil e pode ser importante se viermos a ter uma segunda vaga de Covid-19”.

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