Até à passada terça-feira instituição tinha quatro colaboradores e um novo utente infetados com Covid-19
O aparecimento de novos casos de infeção por Covid-19 levou a Cerci de S. João da Madeira – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades a adiar a sua reabertura, prevista para 8 de junho. Para já, segundo adiantou o presidente da direção ao labor, ainda não há nova data para abrir portas. Tudo dependerá da evolução da atual situação em que a instituição se encontra.
Em declarações ao nosso jornal, António Cunha revelou que a Cerci tem “quatro colaboradores e um novo utente [também do Lar Residencial, para além dos outros dois utentes que são já do conhecimento público, inclusive o que faleceu devido à doença]” infetados. O responsável, que há cerca de uma semana não se pronunciou sobre o assunto por considerar ser “prematuro” fazê-lo naquela altura, confirmou esta terça-feira ao final da manhã que foram “detetados novos casos”, avançando ainda que há também “alguns funcionários em quarentena”, por uma questão de precaução.
Estes novos casos de Covid-19 no seio da cooperativa sanjoanense foram diagnosticados após a realização de uma segunda leva de testes. Desta feita, levados a cabo no âmbito da operação levada a cabo pelo Serviço Nacional de Saúde em articulação com o Centro Médico da Praça e sob a coordenação do Município. Contas feitas, foram testados aproximadamente 25 colaboradores, para além dos utentes do Lar Residencial. António Cunha garantiu ao nosso jornal que “não vou reabrir [a Cerci] sem testar todos”.
Seis Utentes regressaram ao Lar Residencial
Por falar em Lar Residencial, seis dos seus oito utentes já regressaram às instalações onde esta resposta social funciona nas imediações da Praça Barbeziex, em frente ao Cemitério nº 3. Recorde-se que, após o internamento e a morte de um dos utentes por Covid-19, os restantes e duas funcionárias ficaram em quarentena, fechados, no lar. Posto isso, os utentes foram transferidos para o edifício principal da Cerci, na Rua da Mourisca, para que não só o apartamento pudesse ser limpo e desinfetado, mas também para que os próprios pudessem usufruir de um espaço mais amplo, depois de 14 dias confinados.
Neste momento, apenas o colega de quarto do utente que morreu e, agora, este novo que testou positivo permanecem na sede da Cerci. Note-se que o primeiro, após vários testes, testou finalmente negativo, encontrando-se à espera de fazer um contra-teste. De notar ainda que “tudo isto está a ser acompanhado pela Proteção Civil, câmara municipal e delegado de saúde”, como fez questão de lembrar António Cunha.
Reinício da Formação Profissional ficará para mais tarde
A Cerci previa reabrir na próxima semana, concretamente, os seus dois Centros de Atividades Ocupacionais (CAO), frequentados por 40 utentes no total, ficando a Formação Profissional para mais tarde. “Ainda estamos a ver com quem rege isto [Instituto do Emprego e Formação Profissional] se abrimos a Formação Profissional ainda este ano letivo [até julho] ou se deixamos para setembro”, disse o líder diretivo ao labor.