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A poesia o elixir que vai servir nossa mente

Em taças de oiro e cristal, nesta senda e no momento,

Que nos traça a emoção, quando no seu de repente 

Os sentidos abalados são os sentidos, na ânsia de um sofrimento.

 

Nasce connosco provinda de um rio subterrâneo,

Que corre dentro de nós vindo ai de que lonjuras,

Surgindo a qualquer instante de um modo subitâneo,

Jorrando fontes de luz de mil tons e mil venturas.

 

 

Não tem idade, vem dos tempos em que nasceu nosso mundo

Com seus fogos estelares, miríades de sóis que vinham

Iluminando os céus, e ela, bem lá do fundo,

Foi das primeiras bem vindas aos que dela fome tinham.

 

 

A Poesia é inata, de um património faz parte,

Que nos cederam os deuses e também a evolução,

É matéria construtora de edifícios, culto e arte,

E foi-nos pois oferecida pra nossa conservação.

 

 

É sustento, nutriente, indispensável à vida,

Sacia fome e sede, é delícia dos sentidos,

Sem ela foge a existência, e a vida não é vivida

Sem ela só existe o nada, o vácuo dos perseguidos.

Foto de Arquivo Labor

Flores Santos Leite

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